Conversas Leoninas

Uma tarde com Alvalade com uma baixa assistência, menos de 30 mil espectadores, provavelmente por ser dia de semana e o jogo começar cedo, mas também por uma política de preços desadequada ao número de jogos e ao esforço dos Sportinguistas. Quem paga quotas e tem Gamebox deve ter alguns benefícios e hoje, neste jogo, este aspecto não foi acautelado como poderia ter sido. 

Vamos ao jogo. Começamos bem, apesar da rotação de jogadores, inevitável face ao calendário e ao plantel disponível, Trincão e Paulinho deram superioridade no marcador, com o primeiro a conduzir e a passar muito bem e o segundo a marcar um bom golo. Temos as duas escolhas feitas com Paulinho e Trincão.

Seguimos com Geny Catamo, um jogo difícil mas que deu para ter alguns bons momentos, foi importante atrás e depois das substituições, mais à frente. Pareceu bem fisicamente.

Sebastian Coates, foi o patrão da defesa, apesar do desentedimento com os colegas, o que deu origem ao golo do empate, ainda foi a tempo de rematar uma bola ao poste. Com estes 4 escolhidos estive indeciso entre um jogador que entrou na segunda parte e outro que fez o jogo completo.

Optei por Franco Israel, sofreu um golo, mas teve um punhado de boas intervenções, precisa de melhorar alguns aspetos se quiser agarrar esta oportunidade, mas considerando o desafio que tinha que enfrentar merece este destaque.  Os postes  acabaram, desta vez, por nos beneficiar, mas em Itália temos que jogar mais se quisermos eliminar a Atalanta.

Agora temos um jogo em Arouca, muito importante no rumo para o título. Força Sporting.

Entramos com muita sofreguidão e a falhar oportunidades. Entretanto, o Vizela marca um golo que me pareceu fora de jogo, mas assim não entendeu o VAR. O falhanço de Gyökeres com a baliza aberta, rematando à barra, é um bom exemplo da nossa incapacidade de colocar a bola dentro da baliza do Vizela. A jogar com o penúltimo classificado decidimos muitas vezes mal. Notou-se, na primeira parte, a falta de remates de fora da área, muitos passes na entrada da área e a decisão de remate demorada e muitas vezes contra os defesas, não chegando ao guarda-redes com perigo. Não basta ter mais posse de bola, é preciso saber o que fazer com ela. Na primeira parte, 60% de posse de bola e só 3 remates enquadrados, em 12 efetuados. Paulinho viu um golo anulado, mais uma vez com o VAR a confirmar por 12 cm esse fora de jogo, tendo validado o do Vizela por 15 cm. Uma arbitragem, na primeira parte, disciplinarmente a penalizar o Sporting e a beneficiar o Vizela, ou seja, dualidade de critérios. Quanto ao VAR e AVAR tenho dúvidas, mas linhas são linhas e 12 e 15 cm são aceitáveis, 1,2 ou 3 é que parecem outra coisa. Felizmente, Gyökeres é muito bom e empata o jogo antes do intervalo.

Que entrada na segunda parte, Trincão a marcar.  Pedro Gonçalves e Gyokeres (este pareceu-me derrubado, seria grande penalidade) voltaram a falhar. Paulinho marca aos 57 minutos e desta vez conta, fazendo o terceiro do Sporting. Gyökeres volta a colocar a bola dentro da baliza, mas foi anulado por posição irregular, segundo o VAR, confesso que não vi as linhas e quantos cm estiveram em causa. 

Entretanto entra Daniel Bragança para o lugar de Hjulmand e o Vizela marca por Essende, numa jogada que Coates foi batido, reduzindo para 2 a 3. Felizmente, Coates marcou o quarto golo. Entretanto, André Narciso foi perdoando amarelos ao Vizela, alguns completamente inaceitáveis. Edwards entra a substituir Paulinho.

Assim, para abreviar estas 5 escolhas, direi que com 5 golos os seus marcadores preenchem 4 dessas escolhas, ou não fosse o golo a festa do jogo. Recapitulando: Gyökeres com 2 golos, Trincão, Paulinho e Coates com um cada, deixam-me um dilema, mas a minha quinta escolha recai em Gonçalo Inácio que foi bastante competente em todo o jogo.

Marcámos 5, mas poderiam ser muitos mais. 5 remates enquadrados em 8, numa segunda parte bem mais competente. Globalmente, goleada por números abaixo do que merecíamos. Má arbitragem, especialmente com dualidade de critérios disciplinares. Já foi tão rigoroso em Alvalade, mas em Vizela teve muitos lapsos este André Narciso, acompanhado pelo VAR e AVAR. Agora temos Taça da Liga contra o Braga, na próxima terça feira, em Leiria. Força Sporting!

Rui Pedro Barreiro

Um jogo em Chaves que podia ser complicado, mas que foi bem resolvido, apesar da excelente exibição do guarda redes da equipa da casa. Nos primeiros 20 minutos tivemos 4 grandes oportunidades de golo, mas não fomos capazes de marcar. Destaco ainda, ao minuto 26, um falhanço incrível de Pedro Gonçalves que isolado permite a defesa do guarda redes Hugo Sousa. Finalmente, ao minuto 43, Paulinho colocou o Sporting na frente do marcador e a primeira parte ( 68% de posse de bola) terminou com um resultado muito aquém das oportunidades criadas. 

Entramos bem na segunda parte e Trincão, a passe de Nuno Santos, faz um golo de belo efeito ao rematar de primeira já dentro da área. Pedro Gonçalves, aos 56 minutos fechou o marcador e fez o terceiro golo. Menos posse de bola (52%) mas mais eficácia do Sporting, na segunda parte. O herói do público foi Gyökeres. A escolha da Sport Tv para homem do jogo recaiu em Pedro Gonçalves.

Em resumo, Trincão, Pedro Gonçalves, Nuno Santos, Paulinho e Gonçalo Inácio são as minhas 5 escolhas. Trincão a subir de forma, Pedro Gonçalves a jogar a médio e a marcar, Nuno Santos sempre perigoso no flanco esquerdo, Paulinho apesar da baixa eficácia, marcou e desbloqueou o jogo e Gonçalo Inácio foi "pau para toda a obra", fazendo sempre bem as 3 posições da defesa ao longo do jogo. Continuamos, justamente, em primeiro lugar no final da primeira volta. Espero que no final da segunda também. Força Sporting.

O último jogo da 15ª jornada e também de 2023 podia garantir a manutenção do Sporting em primeiro lugar. Os adversários diretos ganharam os respetivos jogos, com alguns erros de arbitragem associados ao resultado final e sem comunicados do CA, por isso já sabíamos que teríamos que jogar muito bem para ultrapassar as dificuldades do jogo.

A falta sobre Gyökeres, no início da primeira parte, que incrivelmente não foi assinalada e que teria que ter sanção disciplinar, é um bom exemplo do que vai acontecendo ao nosso clube. Confesso que não entendo o silêncio sobre este assuntos, jogo após jogo, somos prejudicados, às vezes com consequências nos pontos obtidos; noutros campos os nossos adversários são beneficiados, com "perdões" de grandes penalidades e vermelhos.

Mas voltemos a Portimão. Com uma equipa adversária com onze jogadores atrás da linha da bola e a jogar no seu reduto defensivo, a tarefa era complicada e exigia mais velocidade, cruzamentos rasteiros ou a meia altura e cantos marcados de diferentes maneiras. Tivemos 12 cantos a favor e a sua maioria foi para a área do guarda-redes e não causou qualquer perigo. Sem Coates e sem Gonçalo Inácio exigia-se outro trabalho nos lances de bola parada.

Na primeira parte foram zero os remates enquadrados. Ou seja, o "autocarro" do Portimonense a produzir os efeitos pretendidos e o Sporting a dar, uma vez mais, uma parte de avanço. Felizmente, o intervalo fez bem à equipa e Rúben Amorim deve ter conseguido motivar e ensinar o caminho da baliza.

Pedro Gonçalves, um dos meus escolhidos, descobre Gyökeres (outro dos escolhidos) e este abre o marcador em Portimão, mostrando como se faz. Irritante foi a prestação de Paulinho, a minha terceira escolha, pelos golos falhados, mas que conseguiu dar a reviravolta ao marcador, com nota artística e com alguma fortuna, na sequência de um cruzamento de Morita, outro dos escolhidos, depois de sofrermos um golo, que deu o empate ao Portimonense, numa jogada com muitos erros que não deviam acontecer na sequência de uma bola parada perto da nossa área.

O jogo ainda poderia ter corrido mal, face aos nossos falhanços e a algumas oportunidades dos homens de Paulo Sérgio, mas felizmente conseguimos manter o resultado até ao fim. Confesso que gostei do flanco esquerdo do Sporting e estive indeciso entre Matheus Reis e Nuno Santos para a minha quinta escolha, mas desta vez é o Matheus que merece estar entre os cinco.

Percebeu-se facilmente neste jogo que o atual plantel do Sporting não chega para todas as encomendas e há alguns jogadores que fazem falta. Morita, que nos vai deixar pelo menos durante um mês, pode não ter substituto no plantel. Pode ser que o mercado de Janeiro nos traga uma prenda do dia de reis e venha mais um bom médio, pelo menos com a qualidade de Hjulmand. Uma coisa é certa, terminamos 2023 em primeiro lugar e assim o iniciaremos. Reza a história que é sinal de campeão. Que assim seja. Força Sporting.

Para todos ficam os Votos de um excelente 2024. Até para o ano que aí vem.

Num jogo que significava o apuramento para a final a quatro da Taça da Liga o Sporting cumpriu a sua obrigação, marcando encontro com o Braga ( a única equipa apurada que só fez 4 pontos em 6 possíveis) nas meias finais. Qualquer resultado servia, ou seja, mesmo perdendo por um golo de diferença estaríamos em Leiria. Todavia, o Sporting entrou para ganhar, mesmo com mexidas na equipa e no desenho táctico da mesma, fez uma primeira parte competente, só pecando na finalização. Aliás, este foi um bom jogo para se ver a diferença de ter Gyökeres na equipa. Infelizmente, Rúben Amorim não nos deu essa possibilidade, mas estou convencido que teríamos goleado se o nosso avançado sueco estivesse em campo e o guarda-redes do Tondela, Ricardo Silva, não estivesse tão seguro.

O primeiro golo surgiu de mais um bom jogo colectivo com a bola a circular e um belo passe de Nuno Santos terminando com uma soberba concretização de Daniel Bragança, que aproveitou bem a oportunidade dada pelo treinador e mostrou que é na frente que pode dar mais ao Sporting, ou seja, pode jogar a 6, a 8 e a 10, e foi mais próximo de Paulinho que mostrou a sua importância.

O segundo golo é uma extraordinária jogada colectiva com Pedro Gonçalves, Paulinho e Daniel Bragança a mostrarem a arte no futebol, numa boa concretização do nosso avançado, após toque de calcanhar de Bragança. Confesso que sou um apreciador de longa data de Bragança, Ribatejano como eu, e gostava que a sua carreira fosse cheia de sucessos. Neste jogo foi o melhor em campo. Que beleza de futebol tem o nosso Dani. Para além dos 4 já referidos (Nuno Santos, Pedro Gonçalves, Daniel Bragança e Paulinho) devo acrescentar Hjulmand que continua a encher o meio campo do Sporting e a mostrar que um bom médio de uma equipa pequena se pode transformar num grande jogador, qualquer dia capitão pela postura que tem em campo.

Nunca tinha ouvido falar em Rafael Silva, o jovem central que é o primeiro reforço do Sporting, adquirido ao Leixões por 750 mil euros.

Oxalá, seja mais uma boa contratação do nosso clube. Infelizmente, não acabaram as negociações com o Amora, a propósito dos 75% de Geny Catamo, uma falha quando o poderíamos ter feito por 600 mil euros até agosto deste ano.

Quero desejar a todos um Bom  Natal e lembrar que no futebol português continuam a existir salários em atraso. Não é aceitável que no futebol profissional não se cumpram as regras mais elementares, se não podem pagar 100, paguem 10, mas paguem. Estes comportamentos, aparentemente tolerados por quem tem a responsabilidade das competições, devem acabar com urgência, não só há concorrência desleal como se pratica o que de mais errado há numa relação laboral. Futebol profissional não pode ter exemplos destes.

O meu abraço solidário para quem, neste Natal, sente as agruras da vida a baterem-lhe à porta.

A todos os Sportinguistas e aos que gostam de futebol, mas que escolheram outros clubes, deixo as minhas Boas Festas e lembro o óbvio, os outros não são inimigos, apenas adversários. 

Mais um jogo num domingo à noite, apesar do frio e da chuva, com uma boa moldura humana e com muito entusiasmo nas bancadas e nas imediações do estádio. Todos queríamos a vitória e se algo se deve realçar na nossa equipa é o espírito guerreiro e combativo que se verificou existir. Apesar das contrariedades, acreditou-se sempre que se poderia ganhar. E ganhámos

Na primeira parte, ficou por assinalar uma grande penalidade contra o Estrela, aos 8 minutos, sobre Daniel Bragança, que poderia alterar o ritmo do jogo, caso fosse concretizada, mas só  2 remates enquadrados e 2 cantos mostram que não estivemos com o ritmo avassalador que o jogo precisava, apesar da posse de bola sempre superior a 60%. Gyokeres bem se esforçou e colocou a bola que deu o golo num belo remate de Bragança, aos 33 minutos de jogo.

Na segunda parte o Estrela deu a volta e marca dois golos nos primeiros 10 minutos, de seguida o nosso treinador mexe muito bem na equipa e faz 3 substituições (sairam Esgaio, Coates e Matheus Reis para as entradas de Trincão, Inácio e St. Juste) e pouco depois ordena a saída de Bragança e a entrada de Paulinho. Fizemos 6 remates enquadrados e dois golos, dando a volta ao resultado. Um jogo  com 13 faltas, 8 nossas e 5 do adversário.

Mas vamos às 5 escolhas: os 3 marcadores dos golos merecem este destaque, Daniel Bragança, Marcus Edwards e Paulinho jogaram, marcaram e no caso do inglês,  devo dizer que teve momentos geniais na segunda parte, quer na jogada do golo, parecia o Maradona, quer na assistência para Paulinho. Restam dois lugares e um deles vai direitinho para Hjulmand que foi muito importante durante o jogo e nota-se que está a subir de forma. Tenho alguma dificuldade em só escolher mais um, mas 5 são 5 e apesar de tudo, Gyökeres merece, pelo trabalho que fez ao longo do jogo e pela entrega, não marcou mas deu a marcar e arrasou muitas vezes os defensores adversários.

Agora recebemos na quinta-feira os polacos e depois vamos à Luz. Dois jogos para ganhar. Força Sporting.

Paulinho deixou de ser alguém de "fora",  finalmente.