A bipolaridade de um Clube ou dos que o seguem?
PortugaLion, 22.08.22
A dúvida é acentuada, dia-a-dia, mas também na hora de um desaire. Como se uma derrota, frente ao campeão nacional, no seu estádio, fosse uma tragédia sem retorno.
Para uns quantos, os erros estão na direção. Lê-se por aí, “Varandas Rua.” É o regresso dos saudosistas de uns tempos em que nada ganhavam, mas divertiam-se com a tiradas de um ser pouco recomendável, até mesmo para a sanidade mental.
Claro que o presidente do Clube não está acima de críticas. Poder-se-ia enumerar, mas até se tornaria fastidioso. As guerras de palavras, por vezes pouco dignas, ou mesmo alguma arrogância, não assentam bem a quem se pretende a diferença.
Vender Matheus, a poucas horas do clássico é sem duvida um erro de “casting” mas, foi por aí que veio a derrota? Não entrando nos pormenores tácticos, até porque a equipa mantém o ADN de Rúben, há muito se constatou que o actual plantel fica deficitário em relação aos dois outros candidatos ao título. Só por mero facciosismo se tapam os olhos e se acredita num milagre divino.
Faltam muitas peças na engrenagem, a começar num patrão na defesa. Sofrer 6 golos em dois jogos diz muito. Um, ou mesmo dois médios que façam a diferença e, acima de tudo um homem de área.
Olhando o jogo, jogado, a derrota no dragão já era expectável. A semana, os dias que o antecederam, não foram fáceis, mas há dados positivos que têm de se reter, ou mesmo um sinal para a estrutura, de que é preciso ir ao mercado.
Talvez as próximas horas tragam novidades, quem sabe se oriundas da Turquia ou a nível nacional. É por isso tempo de olhar em frente e, deixar de olhar para a bipolaridade, que teima em manter o Clube numa espécie de guerra civil, sem quartel e com muito pouca civilidade.
O Sporting Clube de Portugal, tem de estar acima de interesses muito pouco claros, ou de gente que se serviu e não o serviu!
Cortesia de Fernando António (jornalista desportivo)