As minhas 5 escolhas do Boavista 2/ Sporting 1
Rui Pedro Barreiro, 18.09.22
Esta deslocação ao Bessa veio num momento bom do Sporting, na sequência de 4 vitórias sem sofrer golos, duas delas na Liga dos Campeões. Todos os Sportinguistas a torcerem pela vitória, com uma dose extra de incentivo vindo do Estoril. O jogo nem começou mal e nos primeiros 20 minutos fomos claramente dominadores e até marcamos um golo por Pedro Gonçalves que veio a ser anulado por fora de jogo posicional de Marcus Edwards. Nos segundos 20 minutos ainda tivemos um remate de Trincão à barra. Todavia, também o marcador dos golos do Boavista mandou uma bola à barra antes de inaugurar o marcador. Numa apreciação global do nosso jogo considero que continuamos com défice de velocidade na transição, não rematamos de fora da área e a nossa consistência defensiva já viu melhores dias. Quando falo de consistência defensiva não me refiro apenas aos defesas. Repare-se que apenas fizemos 5 faltas no jogo, sendo que no fim da primeira parte apenas uma falta constava do nosso registo. No primeiro golo há muito mérito do Boavista, mas também há algum demérito nosso, designadamente de Pedro Porro e Gonçalo Inácio, no tempo de
compensação da primeira parte Bruno Lourenço marca um golo de belo efeito. Já no segundo golo, que resultou de um penalty que provavelmente não seria marcado com outros intervenientes, a bola sai de um pontapé de baliza do Boavista que é muito mal recebida (de cabeça) por Matheus Reis, que teve tempo de sobra para abordar o lance com outra qualidade e nem sequer estava pressionado. Certo é que a bola sobra para o jogador do Boavista que na área é tocado pelo pé esquerdo de Esgaio, numa abordagem completamente desajustada e que com João Pinheiro deu grande penalidade contra nós.
Também as mexidas na equipa foram, na minha opinião, tardias e não resultaram (é muito fácil falar depois, estou certo de que o nosso treinador fez o que considerava melhor para a nossa equipa). Nenhum dos quatro jogadores que entraram em campo foram melhores do que os jogadores substituídos. Não consegui perceber porque se retirou um dos melhores em campo, Nuno Santos, que não me pareceu cansado. Infelizmente, Coates lesionou-se e a opção de Rúben Amorim não foi o central que estava no banco, Marsá, mas sim Esgaio. As substituições que tanto resultado deram contra os ingleses, nada resolveram neste jogo do Bessa.
Vamos às 5 escolhas: Manuel Ugarte, Nuno Santos e Marcus Edwards acabam por ser quase unânimes, estou certo, nestas minhas escolhas. Manuel Ugarte encheu o campo e deixou tudo, não foi por ele que perdemos. Nuno Santos foi o mais acutilante em campo e o nosso golo nasce de uma “jogada de letra” desenhada pelo nosso jogador que centrou para a cabeça de Edwards, que dos 3 da frente foi o que esteve em melhor plano e “faturou”. Os outros dois, admito que mais discutíveis, são Trincão e Morita. Julgo que estes dois jogadores, apesar de substituídos também estiveram bem e destacaram-se dos restantes. Na verdade, em 7 jornadas estamos com 3 derrotas, duas fora e uma em casa e um empate, o que não agrada a ninguém e obrigará o nosso treinador a trabalhar mais e melhor. Infelizmente, temos 3 centrais lesionados, mas espero que o tempo de trabalho que as seleções nos vão dar permita afinar e melhorar as nossas performances, designadamente as defensivas, mas também a nossa eficácia ofensiva.
Uma nota final para as escolhas de Fernando Santos e Rui Jorge, para mim algumas opções não são entendíveis, nem se enquadram em critérios de racionalidade, na minha modesta opinião.
Viva O Sporting
Rui Pedro Barreiro