As minhas 5 escolhas do Casa da Pia 1 / Sporting 3
Rui Pedro Barreiro, 10.03.25
Uma festa Sportinguista em Rio Maior. Os adeptos do Sporting são o seu maior capital e esgotaram a lotação do estádio municipal, trazendo o colorido naquela noite fria. A entrada não foi rápida e o jogo começou ainda com alguns espectadores a entrarem, mas nada de anormal. Muito se fala de melhorar o nosso campeonato, mas o conforto e o acesso aos estádios têm de ser revisto para que as famílias voltem cada vez mais aos nossos recintos desportivos. Voltando ao jogo, vimos um Sporting dominador, mas algo contido no jogo e muito dependente de Gyökeres, que mostrou, uma vez mais ser o nosso abono de família. Uma arbitragem que mostra amarelo a Gonçalo Inácio aos 6 minutos, mas não mantém o critério disciplinar rigoroso que utilizou para nós. Marcou uma grande penalidade por causa do VAR e deixou passar (o árbitro e o VAR) um empurrão claro de Fonte sobre Gyökeres que quase toda a gente viu e que só poderia ser grande penalidade aos 30 minutos de jogo. Confesso que não percebi a permanência durante tanto tempo em campo de Esgaio (só saiu aos 88 minutos) e a demora em fazer substituições que já se vislumbravam necessárias ao intervalo. Saíram aos 64 minutos Quenda e Hjulmand e entraram Catamo e Morita, aos 79 minutos saiu Matheus e entrou Maxi, aos 88 minutos sai Esgaio e Trincão e entram Felicíssimo e Harder. Colocar jogadores em campo aos 88 minutos só se pode entender como queimar tempo de jogo, isso não motiva quem entra nem protege quem está cansado. Confesso que gosto da postura positiva de Rui Borges e da forma como aborda as imensas dificuldades com que se depara, das lesões a uma fraca prestação no mercado de inverno (os laterais Lelo e Larrázabal do Casa Pia poderiam jogar no Sporting), mas a sua gestão do jogo começa a irritar-me. Não acompanho os treinos e não posso pôr em causa os onze escolhidos, mas as decisões, ou a ausência delas, durante os 90 minutos são também muito importantes para o resultado final e já tivemos vários amargos de boca que nos custaram pontos. Oxalá, tudo isso também melhore e o nosso caminho para o bicampeonato se consolide com boas decisões da equipa técnica e dos nossos melhores jogadores.
Vamos às minhas 5 escolhas, muito influenciadas pelo jogo visto ao vivo no municipal de Rio Maior:
Viktor Gyökeres, o nosso goleador é fundamental para fazer feliz qualquer treinador e adepto, a potência, a velocidade, a força com que aborda os lances garante quase sempre o golo ou muito pânico nos adversários. Marcou mais dois e podia ter feito mais. Dá gosto ver este jogador com as nossas cores. Quando o vi pela primeira vez no Algarve percebi eu, e quase todos os que assistiram à sua estreia, que estava explicada a teimosia do nosso ex-treinador. Percebe-se a angústia dos nossos adversários. Continua assim Viktor, até a dar opinião quando no fim do jogo refere que "podíamos ter controlado melhor o jogo".
Gonçalo Inácio, foi fundamental na nossa vitória apesar de ter sido "amarelado" muito cedo. Não se deixou intimidar e marcou o primeiro golo num belo golpe de cabeça, na sequência de um bom cruzamento de Quenda. Esteve forte nos desarmes, não tão bem como nos habituou a construir com passes longos, mas cumpriu muito bem a sua missão, tal como já tinha feito com o Estoril.
Rui Silva, a nossa boa contratação no mercado de inverno. Sofreu um autogolo de Esgaio, mas evitou o empate numa extraordinária defesa. Faz o que se pede a um guarda-redes de equipa grande, seguro sempre que é necessário evitar o golo. Muito bem, tranquilo e com boa ligação com os colegas do setor.
Ivan Fresneda, já fez melhores jogos, até porque no capítulo do passe e mesmo nas oportunidades de remate não foi tão feliz como noutras ocasiões, mas mostrou boa condição física para fazer o corredor direito e ajudar Esgaio na sua missão defensiva. Muito bem aproveitado por Rui Borges, demonstra uma excelente frescura física, já o critiquei noutras ocasiões e hoje merece o destaque.
Zeno Debast, um lutador no meio-campo, não brilhou tanto no capítulo do passe, teve como companheiros no miolo Hjulmand e depois Morita, mas foi um dos responsáveis pelo menor rendimento da linha média adversária. Acabou como central para onde devia ter ido mais cedo face ao desenrolar do jogo. Um polivalente muito útil e bem desencantado pela equipa técnica do Sporting no momento das inúmeras lesões.
Agora temos um jogo em casa com o Famalicão, com mais um dia de descanso do que o nosso adversário. Mais um jogo que se antevê difícil, mas para ganhar rumo ao bicampeonato. Força Sporting