As minhas 5 escolhas do Gil Vicente 0 / Sporting 1
Rui Pedro Barreiro, 28.02.25
Quartos de final da Taça de Portugal, numa noite com quase uma equipa completa de fora (e um mercado de janeiro pouco ambicioso), o Sporting apresentou-se em Barcelos para ganhar, mas sabendo que não seriam favas contadas e antevendo uma arbitragem difícil, considerando o que se passara em Alvalade com o Santa Clara. Mas antes de falar das incidências do jogo em geral e em particular da arbitragem não posso deixar de falar na ausência de Pedro Gonçalves e no silêncio prolongado da"estrutura" do Sporting que obrigaram o jogador a vir a público esclarecer o seu problema físico. A importância deste jogador na equipa, provavelmente o mais influente dos últimos tempos, mesmo tendo Gyökeres, deveria ter obrigado a tratar a sua ausência com a máxima competência, quer do ponto de vista médico, quer do ponto de vista comunicacional. Sobre os cuidados médicos espero que esteja tudo a ser feito como deve ser, mas sobre o ponto de vista comunicacional ficámos claramente aquém do que devíamos, como se viu pelo esclarecimento do nosso jogador. Que regresse depressa e bem que os Sportinguistas agradecem e muito.
A equipa de arbitragem do jogo começou mal, com erros de pequena monta (cantos e lançamentos de linha lateral), mas sempre com erros contra o Sporting. O amarelo a Harder sem se compreender porquê, logo no início do jogo, e duas grandes penalidades não marcadas, uma por ausência de VAR num corte com a mão, já na fase final do jogo, na sequência de centro de Gyökeres, e outra por interpretação do VAR que fez com o árbitro mudasse (mal) a boa decisão que tinha tomado. Provavelmente, se a jogada prosseguisse Gyökeres poderia teria marcado. Enfim, já chega de erros a prejudicar o mesmo. A boa decisão do VAR por 3 cm não faz esquecer os 2 cm que anularam um golo a Pedro Gonçalves, num passado recente. A juventude em campo e no banco de suplentes mostra bem as dificuldades e alguns milagres que vão sendo feitos pelo nosso treinador.
Destaco hoje Maxi Araújo, que tem algumas dificuldades a defender, mas parece-me melhor, apesar de neste jogo considerar que podia ter feito mais, até porque parece estar bem fisicamente, como fica de fora dos 5 escolhidos fica esta nota.
Vamos às minhas cinco escolhas:
Rui Silva, foi fundamental para a vitória do Sporting e percebe-se muito bem porque continua a ser o títular com Rui Borges, uma solidez invejável. Fez três defesas que valem golos. Neste caso foi essencial para a nossa passagem às meias finais. Muito bem.
Zeno Debast, marcou um golaço e mostra-se cada vez mais adaptado ao que lhe pede a equipa. Continua a dizer que é central, mas joga cada vez melhor a médio. Bom tecnicamente e cada vez melhor a rematar de fora da área. Que assim continue.
Gonçalo Inácio, não fez o seu melhor jogo mas foi, de longe, o melhor dos 3 centrais que começaram o desafio. Ganhou a maioria dos duelos que teve.Tentou os seus passes longos, mas não foi tão eficaz como costuma ser.
Francisco Trincão, um dos melhores em campo, muita classe, muita inteligência, faz com que quem paga o bilhete continue com vontade de voltar. Teve dois bons remates que quase deram golo e fez um belo centro para Gyökeres que, ao contrário do que é habitual, não concretizou.
Viktor Gyökeres, foi fundamental para a melhoria da prestação global da equipa na segunda parte. Fez a assistência para o golo que marcou o resultado final. A sua capacidade para galgar terreno e romper linhas ajuda muito na boa prestação da equipa. Que continue a melhorar que a equipa agradece.
O próximo desafio é o Estoril, em Alvalade. Vamos apoiar a equipa e acreditar que vamos ganhar a uma equipa bem orientada. Força Sporting.