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Existem projectos que nasceram para ser ganhadores. Se fosse uma película cinematográfica alusiva ao basquetebol do Sporting Clube de Portugal, um título como “Talhados para Ganhar” seria perfeitamente adequado à realidade.
Depois do reaparecimento em 2019, passados que estavam 24 anos de uma ausência que eu, enquanto então dirigente da modalidade, senti profundamente pela negativa, o regresso viria em boa hora e alicerçado em conhecimento e rigor.
Desde o ano do regresso, vão no tempo apenas três anos desde o arranque, não do basquetebol no seu todo, porque esse regressou em 2012 pela formação, mas da equipa sénior, estão no museu sete dos dez títulos possíveis de conquistar, e sem queixumes, como por exemplo o aparecimento do COVID-19 nos ter impedido de ganhar o campeonato de 2019/2020, e as lesões de jogadores determinantes no momento das grandes decisões, como no campeonato passado, quem sabe estaríamos a falar de ainda mais conquistas.
Mas as que contam são estas: um Campeonato Nacional, três Taças de Portugal, duas Supertaças e uma Taça Hugo dos Santos. Também a formação, após o regresso já esteve em várias final four e já conquistou dois títulos nacionais em sub-14 masculino. Quando as coisas são alicerçadas em conhecimento e competência, o caminho para o sucesso é sempre muito mais estreito.
Começou com Luís Magalhães o projecto ganhador. Agora chegou o legado de Pedro Nuno, que afinou pelo mesmo diapasão, sob o signo da vitória. Do início do projecto estão Diogo Ventura − enorme “capitão” −, João Fernandes, Diogo Araújo e o “mágico” Travante Williams. Inevitavelmente saíram uns e outros entraram e este ano foram vários os que vieram acrescentar qualidade aquela que já era muita qualidade anterior. Sábado passado, Torres Novas assistiu a um Leão rampante que não se assustou com o orçamento do rival, nem com anunciados favoritismos. Que desde cedo se impôs e que foi buscar forças ao baú quando no período derradeiro teve que tocar a unir para garantir o troféu.
Foi assim uma entrada com o pé direito, com as próximas “batalhas” a passar pelo início do Campeonato Nacional, bem como o apuramento para a fase de grupos da FIBA Europe CUP.
O ADN do Sporting CP é ganhar, sabendo nós que ninguém consegue ganhar em tudo. Falando das modalidades de pavilhão, e sem fazer futurologia, as primeiras impressões mostram um Leão que quer conquistas e que se apresenta competitivo em todas. Ganhar ou perder, poderão ser os detalhes a resolver. Com todos juntos e a fazermos do "João Rocha" uma muralha inexpugnável feita de um apoio incessante, o sucesso será mais fácil.
Somos um clube ecléctico. É essa a nossa matriz de sempre e a marca do sucesso de que o nosso Museu se orgulha.
No basquetebol a primeira conquista já está. Vamos à procura de mais em todas as modalidades!
Juvenal Carvalho