As minhas notas acerca da vitória em Chaves na 21ª jornada
PortugaLion, 21.02.23
1. Ganhar.
A única forma de atravessar um mau momento é ganhando, nem que seja por meio a zero. Raramente se passam esses momentos jogando bem. Até nisso esta época é estranha. Vitória justíssima para números muito escassos.
2. O 3-4-3 de Rúben Amorim.
Algumas alterações para dosear desgaste mas deixando claro que este era o jogo mais importante. Alteraram-se as dinâmicas, com Pedro Gonçalves a partir do centro-direita e a procurar juntar-se a Paulinho e Edwards. Combatividade e reactividade desde o 1º minuto.
3. O 4-3-3 de Vítor Campelos.
Corajosa a estratégia do Chaves, para mais, limitado ns suas opções. A defender em 4-4-2, procurou jogar quando teve a bola. Apesar ds dificuldades em sair com a bola jogável, meteu velocidade nos corredores, intenção ns passes verticais e agressividade.
4. Tinha tudo para correr mal.
Hoje prometeu ser mais uma noite daquelas: 2 golos anulados, uma bola na barra, um golo improvável sofrido, muita ansiedade quand ose encontrou a adversidade. Teve de ser o génio do Pedro Goçalves a recuperar a equipa, quando já ninguém parecia acreditar (e faltava muito).
5. Liberdade.
A responsabilidade pesa toneladas. Neste momento os jogadores não são livres para perceber o que o jogo lhes está a dar. Pelo contrário, fazem aquilo que treinam e frustram-se quando não conseguem. Amorim tem de libertar os seus jogadores porque é da sua inteligência que virá a solução.
6. Um equívoco repetido.
Tenho falado mtas vezes da necessidade de não desequilibrar a equipa nas opções de jogo. Ora bem, com Trincão e Edwards ao mesmo tempo, a equipa não ganha 1 bola no ar ou no contacto, nem é capaz de recuperar depressa. Um é muito sacrifício, dois é demais.
7. Sensatez.
Amorim percebeu (pelo menos) que há certas alturas em que é necessário simplificar. Foi o caso hoje nas poucas vezes que Adán foi solicitado com os pés, em que equipa estava preparada para disputar bola mais longa. A estratégia do rival ajudou, mas é passo na direcção certa.
8. Serenar.
Até que consiga controlar os jogos, o Sporting precisará de ganhar muito. E se isso acontecer, terá de ganhar bastantes em que joga, metade do que jogou hoje (ainda assim seria o triplo do que jogaram Braga e FC Porto). Só aí será possível circular com paciência. Até lá, simplificar.
9. Manuel Ugarte.
Fácil fácil para Ugarte lidar com os 3 tenrinhos que apanhou pela frente, mas a quantidade de bolas que recupera, o que empresta ao jogo, é inigualável. Esteve em todo o lado, aguentando às suas costas todo o meio campo, libertando Pedro Gonçalves para sair da zona. Fenomenal.
10. Em suma.
Vitória difícil, mais uma, com golos sofridos, instabilidade e ansiedade. São muitos os maus resultados a pesar no subconsciente e uma necessidade de pontuar que não permite descansar. Mas para virar as coisas, é sempre preciso um ponto de partida. Que seja finalmente o caso.