Conversas Leoninas

Fui ao Jamor. O ambiente de festa com Sportinguistas de norte a sul do país era evidente e a expectativa na vitória também. Confesso que considero que o Estádio e as suas estruturas de apoio, acessos, balneários e bares não estão ao mesmo nível de um jogo de final de temporada, em que se disputa a Taça de Portugal. Está na altura dos espectadores serem bem tratados e essa exigência deve ser feita. Provavelmente, só os VIP não sofrerão o que o comum dos espectadores sofre. O futebol, festa  de amigos e famílias merece mais. Tanto dinheiro que o futebol movimenta e nunca mais se melhoram as condições que ali existem.

Quanto ao jogo, 11 contra 11, o Sporting poderia ter ganho o jogo. Erros de arbitragem, na minha opinião com influência no resultado. No fim do jogo (com prolongamento incluído) o Porto levou a Taça para casa, beneficiando de erros individuais (Geny Catamo isolou o jogador do Porto que fez o empate e Diogo Pinto que até ao pénalty esteve bem, para um guarda redes daquela idade) e reforço, uma arbitragem e VAR com influência no resultado. Não houve falta na jogada em que St. Juste foi expulso e há jogadas na área que nem árbitro nem video árbitro viram o que se passou. 

Vamos às minhas 5 escolhas: Eduardo Quaresma, o melhor do Sporting neste jogo. No campeonato, em casa, contra o mesmo adversário, fez uma extraordinária exibição. Repetiu a excelência neste jogo, quando entrou após a expulsão de St. Juste. Jogou a central e a ala e em ambas as posições mostrou ao treinador que merece mais oportunidades a titular nesta equipa. Deu segurança a defender e agressividade a conduzir a bola. Pode fazer as duas posições com elevada qualidade.  Sebastián Coates, o líder da defesa, a ganhar duelos e a tentar marcar nas bolas paradas, continua a merecer a confiança do treinador e muito justamente. Gonçalo Inácio, para além da coesão defensiva, tal como os seus colegas da linha recuada, mesmo a jogar com 10, levou perigo à baliza adversária e durou o jogo todo. Justíssima a sua chamada à seleção (sobre isso falarei noutra ocasião). Tenho agora 3 jogadores para escolher dois e assim farei. A minha quarta escolha recai em Pedro Gonçalves, bateu o canto que deu o golo, e esteve na primeira parte ligado sempre ao perigo que surgiu na área do Porto. Depois da expulsão recuou para médio, visto que Morita saiu para a entrada de Quaresma, o que lhe retirou a presença ofensiva e obrigou a um maior desgaste que se sentiu na fase final do jogo sendo substituído por Koba. Por último, destaco Hjulmand que me pareceu de sangue quente durante o jogo, mas que manteve um bom nível exibicional, sempre lúcido e eficaz, pena  um seu remate ter saído à figura.

Agora estamos de férias de futebol de clubes. Voltarei a escrever para fazer uma espécie de balanço da época e para falar da convocatória para a seleção nacional. Força Sporting, venham os reforços para a dobradinha não fugir na próxima época.

A tarde de sábado, após a consagração e os festejos, num estádio com lotação esgotada, cenário para mais um jogo do Sporting,  já Campeão, mas com objetivos a atingir. Foi um jogo morno, que valeu pela vitória, com 41 jogos seguidos a marcar, pelos recordes de vitórias e de golos (ainda falta o de número de pontos, fica para a semana com o Chaves). 20 remates, 9 cantos e um golo, o resumo do nosso jogo. Nuno Santos entrou e mudou o jogo fazendo a assistência para o golo de Paulinho (escolhido pela Sport TV como homem do jogo). Estes dois jogadores, entrados ao minuto 57, foram fundamentais para a nossa vitória. Faltam 3 escolhas e elas são: Diomande, intransponível, ajudou a que a estreia do nosso guardião Diogo Pinto (herói do público) corresse bem. Também Coates não permitiu qualquer perigo provocado pelo adversário, fez um jogo bastante competente, pena que os remates na área do Estoril não tenham dado resultado. A minha quinta escolha vai para Francisco Trincão, foi o único a animar o jogo nas duas partes e sempre mostrou vontade de marcar, não conseguiu, mas foi um perigo para o Estoril. Miguel Menino merece que o refira pela sua carreira nas camadas jovens e pelo prémio dado por Rúben Amorim que reforça o grupo de trabalho. Hoje, neste jogo, Esgaio e Pedro Gonçalves não ficam nas minhas 5 escolhas mas foram importantes para a consistência do Sporting, com bola e sem bola. Vem aí o Chaves para a festa em Alvalade. Força Sporting.

Casa cheia em Alvalade, ambiente fantástico para um jogo que é sempre o mais importante. Antes do jogo confesso que esperava ouvir alguém dizer que se o nosso adversário tinha feito uma grande exibição no último encontro mesmo assim não conseguiu ganhar. E precisava de ganhar para seguir em frente, ao contrário do Sporting. Mas vamos falar do jogo de hoje. Melhor início seria difícil. Pedro Gonçalves a mostrar a sua raça e Geny Catamo a marcar o golo. Uma primeira parte em que o árbitro se mostrou disciplinarmente protector do Benfica. Amarelou Hjulmand sem qualquer razão, poupou amarelos a João Neves e não mostrou qualquer cartão a Di Maria que deveria ter sido expulso depois de agredir Pedro Gonçalves. Uma vergonha de arbitragem. Ao contrário Soares Dias teria agido de outra maneira, como temos visto no passado recente. Benfica marca nos descontos da primeira parte, numa jogada muito consentida pelo Sporting, na sequência de um livre marcado do lado esquerdo do Sporting. Um resultado injusto na minha perspectiva. Uma arbitragem a prejudicar o Sporting e uma postura defensiva inaceitável no golo sofrido. 

Na segunda parte o Sporting perdeu muitas bolas, muitos erros individuais, devidamente percebidos por Rúben Amorim que mexeu adequadamente na equipa. Não falo da arbitragem da segunda parte. Merecida vitória do Sporting e 2 golos para Geny Catamo, a figura do jogo. Vamos às minhas 5 escolhas: Coates, um esteio da defesa do Sporting, foi muito importante em várias ocasiões, conseguindo proteger a sua baliza e ajudar o guarda-redes. St. Juste deu muita capacidade defensiva e ofensiva, com uma velocidade acima da média, evitou que Rafa pudesse colocar em perigo a nossa baliza. Pedro Gonçalves, mostrou a sua importância na equipa do Sporting e foi decisivo no primeiro golo. Com Pedro Gonçalves em forma a nossa equipa melhora muito. Gyökeres voltou a fazer um bom jogo, mesmo sem marcar foi sempre um perigo para a baliza adversária, foi uma pena a bola na barra. Finalmente, o homem do jogo, Geny Catamo, marcou dois golos e carimbou os 3 pontos num jogo que pode ser decisivo para o título.Um jogador bem trabalhado pelo nosso treinador que dá muita agressividade ao nosso lado direito e que mostra que apesar de ser esquerdino também pode marcar com o direito.

Agora temos 4 pontos de avanço e um jogo a menos, Venha o Gil Vicente e convém lembrar que nesse jogo também estão 3 pontos em disputa. Força Sporting.

Uma tarde com Alvalade com uma baixa assistência, menos de 30 mil espectadores, provavelmente por ser dia de semana e o jogo começar cedo, mas também por uma política de preços desadequada ao número de jogos e ao esforço dos Sportinguistas. Quem paga quotas e tem Gamebox deve ter alguns benefícios e hoje, neste jogo, este aspecto não foi acautelado como poderia ter sido. 

Vamos ao jogo. Começamos bem, apesar da rotação de jogadores, inevitável face ao calendário e ao plantel disponível, Trincão e Paulinho deram superioridade no marcador, com o primeiro a conduzir e a passar muito bem e o segundo a marcar um bom golo. Temos as duas escolhas feitas com Paulinho e Trincão.

Seguimos com Geny Catamo, um jogo difícil mas que deu para ter alguns bons momentos, foi importante atrás e depois das substituições, mais à frente. Pareceu bem fisicamente.

Sebastian Coates, foi o patrão da defesa, apesar do desentedimento com os colegas, o que deu origem ao golo do empate, ainda foi a tempo de rematar uma bola ao poste. Com estes 4 escolhidos estive indeciso entre um jogador que entrou na segunda parte e outro que fez o jogo completo.

Optei por Franco Israel, sofreu um golo, mas teve um punhado de boas intervenções, precisa de melhorar alguns aspetos se quiser agarrar esta oportunidade, mas considerando o desafio que tinha que enfrentar merece este destaque.  Os postes  acabaram, desta vez, por nos beneficiar, mas em Itália temos que jogar mais se quisermos eliminar a Atalanta.

Agora temos um jogo em Arouca, muito importante no rumo para o título. Força Sporting.

Estas escolhas são muito agradáveis de fazer. Não podemos escolher toda a equipa, mas o Sporting foi demolidor e toda a equipa se empenhou na construção de um resultado robusto e com alguns golos muito vistosos. Um forte espírito de equipa que não encontrou a resposta adequada da equipa adversária que muitas vezes parecia perdida em campo. Foram 8, mas podiam ter sido mais, não fosse o guarda redes Ricardo Batista. 

Coates abriu o marcador na sequência de uma bola parada, onde a defesa adversária se esqueceu da sua veia goleadora. 14 minutos e estava aberto o marcador, assistência de Nuno Santos e cabeçada de Coates a iniciar a contagem. Mais tarde, Coates faria o sétimo  e o seu segundo do jogo, na sequência de um passe de Geny Catamo. O segundo golo do jogo foi marcado por Gyökeres, depois de um belo passe de Pedro Gonçalves. Também voltaria a marcar o nosso Viktor, de grande penalidade fez o quarto do jogo. Pedro Gonçalves marcou o terceiro depois de uma primorosa assistência de Hjulmand. A primeira parte não terminaria sem que Trincão marcasse o quinto golo e o seu primeiro do jogo. Fechou a contagem da primeira parte e também do jogo com um golaço de levantar o estádio ao "faturar" o 8 a zero e o seu segundo do jogo. Falta-me falar do 6 a zero conseguido por Geny Catamo, numa soberba execução. Em resumo, e porque são só 5 os que vou escolher, aqui ficam eles: Gyökeres, Coates, Trincão, Pedro Gonçalves e Hjulmand. Se fossem 6, seria Nuno Santos o escolhido. Barriga cheia, excelente atitude competitiva. Vamos a Famalicão. Força Sporting.

Depois da vergonha do Porto/Arouca , importava ganhar na Pedreira. Entramos bem, mas logo nos primeiros 10 minutos vimos que Luis Godinho só veria o que lhe interessasse. Perdoou uma falta perigosa sobre Paulinho junto da grande área do Braga e o respectivo amarelo. O guarda-redes do Braga tirou duas bolas e funcionou como "libero", em duas situações perigosas e  existiram algumas jogadas que me pareceu haver faltas não assinaladas a nosso favor.

Chegamos aos 24 minutos com o primeiro golo de Pedro Gonçalves, um belo golo a passe de Diomande. Pouco tempo depois amarelo para Gyökeres ( nos últimos 30 jogos em Inglaterra teve zero amarelos) com um critério que o árbitro não usou até ali. Falta sobre Morita que deveria ter sido assinalada com amarelo que o árbitro ignorou, amarelando Morita numa jogada seguinte. Disciplinarmente caseiro o árbitro Luis Godinho.

Hyulmund marca um golo limpo e com os critérios do Dragão então não haveria qualquer dúvida, mas para variar o golo foi anulado. Termina a primeira parte com um resultado que peca por escasso e com amarelos a menos para o Braga.

Na segunda parte o jogo continou com o árbitro a não ver algumas das faltas do Braga e com os jogadores deste clube a quererem mudar o rumo do jogo, Paulinho foi substituído por Edwards, com os primeiros minutos a revelarem alguns maus passes dos nossos jogadores. O nosso contra ataque não funcionou como devia e o Braga faz entrar Banza, saindo Pizzi, jogando com dois atacantes na área. Sairam Nuno Santos (gostei da sua exibição) e Hjulmand e entraram Geny Catamo e Daniel Bragança, aos 60 minutos. Os nossos centrais foram limpando as tentativas do Braga.

Trincão entra em campo para o lugar de Pedro Gonçalves aos 71 minutos. Ainda antes dos 80 minutos , na sequência de uma falta assinalada a Daniel Bragança, perto da nossa grande área, Alvaro Djaló marca um grande golo, lembrando-me que já no ano passado esteve ligado ao golo do empate do Braga.

Aos 84 minutos entra Fresneda e sai Esgaio, antes do livre marcado por Trincão que saiu por alto. O árbitro continuou caseiro e a distribuir amarelos pelos jogadores do Sporting, entrámos nos 7 minutos de desconto havendo a destacar a expulsão do treinador do Braga. Canto a nosso favor no fim dos 7 minutos de tempo extra fechou o jogo e o empate nesta deslocação a Braga.

Fizemos 10 faltas e recebemos 5 amarelos, já o Braga fez 17 faltas e recebeu 2 amarelos!

Não aproveitamos as bolas paradas, continuamos sem marcar de livre e os cantos não resultam em golo. Confesso que não percebi algumas substituições, mas o defeito deve ser meu.

Vamos às minhas 5 escolhas, sem grandes justificações: Pedro Gonçalves, Diomande, Morita, Nuno Santos e Coates.

Vamos para a paragem das seleções nacionais, que os nossos convocados não se lesionem. Temos 10 pontos em 12 possíveis. Força Sporting.

Mais um jogo com um extraordinário ambiente em Alvalade. Rúben Amorim tem razão, os sócios e adeptos estão entusiasmados e comparecem. Num jogo com o Famalicão, Alvalade estava com mais de 40 mil espetadores e sem problemas nas entradas, muito entusiasmo antes, durante e depois do desafio de futebol, empurrando o Sporting para mais uma vitória. Um resultado escasso que revela velhos "pecados" na concretização, sem prejuízo do mérito do guarda-redes do Famalicão e da organização da equipa minhota muito bem orientada pelo seu treinador. Na primeira parte, um bloco defensivo muito consistente impediu o Sporting de concretizar que apesar de muita posse de bola, apresentou pouca rapidez de processos e escassos remates enquadrados. Na segunda parte conseguimos marcar e podíamos ter ampliado essa vantagem, continuamos a acertar nos ferros da baliza, mas não sofremos nenhum golo. Vitória inteiramente justa da nossa equipa.

Vamos às 5 escolhas começando na linha defensiva, Coates, foi o melhor e esteve diretamente envolvido no golo do Sporting. Boa resposta a algumas críticas com uma boa presença durante todo o jogo. Vou deixar de fora das 5 escolhas Diomande, mas confesso que também gostei da sua exibição. Passando para a linha média tenho que destacar Morten Hjulmand, na sua estreia em Alvalade, não fez uma exibição extraordinária, mas esteve muito personalizado com e sem bola, deu o equilíbrio que precisamos e estou convencido que vai crescer bastante com o necessário entrosamento que irá acontecer. Deixo de fora Morita, mas foi, mais uma vez, um verdadeiro samurai em campo. Paulinho, merece estar nestas 5 escolhas, não só por ter sido o marcador do golo que nos deu os três pontos, mas também pelo seu envolvimento nos diferentes momentos da partida, quer no aspeto ofensivo, quer no defensivo, foi considerado o homem do jogo e já é o nosso melhor marcador e quase a bater os números de golos marcados na última época. Incluo, talvez com alguma surpresa para alguns, Geny  Catamo. Entrou aos 60 minutos e agitou o jogo do Sporting, muito bem e importante para a consolidação da nossa vitória, colocando em sentido a defesa famalicense. Por último, aquele que para mim foi o melhor em campo, Viktor Gyökeres, fundamental para destroçar a organização defensiva e com duelos ganhos que fizeram tremer a organização do adversário. Velocidade, mobilidade e potência física, um verdadeiro caso sério e uma mais valia extraordinária, mesmo quando não marca. Pelo jogo de ontem parece que andam com vontade de o expulsar. O nosso jogador é agarrado inúmeras vezes e quando se liberta tem que ter cuidado, caso contrário é amarelado, como se viu ontem. O próximo jogo é em Braga. Um jogo muito importante para nos embalar com sucesso rumo ao título. Força Sporting.