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Conversas Leoninas

Artigos de opinião sobre o Sporting CP e outros destaques, por Rui Pedro Barreiro.

Artigos de opinião sobre o Sporting CP e outros destaques, por Rui Pedro Barreiro.

Estamos na final, Sporting CP!

Avatar do autor PortugaLion, 03.04.24

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A Taça é isto mesmo! Jogo imprevisível, cada lance disputado ao limite, com erros, imperfeições, jogo partido, mas com muito crer e golos bonitos e também jogadas inteligentes, de duas equipas que procuraram o apuramento para a final desta competição.
 
Primeira parte com um Benfica muito forte, mais capaz, a entrar com um 11 que deveria ser o 11 de uma equipa que não se quer sabotar a si própria, como tem acontecido, e com consequências imediatas.
 
Benfica notoriamente a ganhar superioridade, maioritariamente no miolo, com o Sporting a sofrer muito e a querer controlar estoicamente o jogo desde o início, a jogar com o resultado. Erros infantis, defensivamente sobretudo, e falta, muita falta de reação, nomeadamente a ganhar segundas bolas.
 
Benfica anulou relativamente bem Gyökeres, durante alguns minutos, mas esqueceu-se de anular o Sporting. E o Sporting não é só Gyökeres, é, acima de tudo, um coletivo fantástico e extremamente unido. A grande diferença para o Benfica desta época, com talentos individuais mas inferior no espírito de grupo e na mentalidade.
Mas o Sporting mexeu bem na segunda parte e entrou a matar com um golo fenomenal de Morten Hjulmand 🥵.
 
Entrada fulminante de Catamo, um jogo muito bem conseguido e igualmente infeliz na concretização por parte de Gyökeres, um crescendo brilhante de Paulinho, a marcar no decorrer de uma assistência perfeita de Catamo e quase marcava outro numa combinação arrojada com Gyökeres, das que nos faz querer ver futebol.
Matheus Reis a entrar para anular Di María por completo - que jogou tão bem quanto chorou o jogo inteiro a cada bola perdida - e não esquecer Israel que foi determinante a evitar males maiores.
 

434029237_968840241274662_2169280951240723421_n.jpJogo muito dividido, melhor o Benfica na primeira parte, mais pragmático, eficaz e inteligente, o Sporting na segunda parte. Eliminámos o Benfica em sua casa, sem jogar o nosso melhor. Mostra as diferenças entre as duas equipas.

E na nossa casa, dia 6, jogaremos mais, à Sporting, com maior domínio e a mostrar que temos um 12º jogador simplesmente fantástico.
Campeonato e taça (Jamor)...seguimos em frente, força LEÕES. 💚🦁🤍

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Andava há muito para dissertar sobre este jogador.

Avatar do autor PortugaLion, 20.03.24

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Uma publicação só para ele.
Porque merece, porque não foi uma das últimas grandes contratações sonantes.
Porque não foi caro.
Porque veio desta liga, de um clube humilde, que até já caiu. Por ser um jogador que tem uma dificuldade acrescida pelo idioma que fala.
 
Refiro-me a Hidemasa Morita.
 
Chegou sob olhares suspeitos. Sem grandes provas dadas. Com um contexto que não antevia nada de bom, ou de mau. Foi meio estranho, para a maioria dos adeptos. Começar a alinhar num clube como o Sporting, sempre candidato a campeão, saído de um Santa Clara que não conquistou nada que revelasse a evidência de jogador X ou Y, só tornou curiosa esta contratação.
 
Curiosa e estranha, mas apenas sob um olhar precoce.
Curiosa, mas certeira. De um trabalho de scouting de quem não anda a dormir, ou a navegar na maionese das opiniões do mercado. Foi decisão de quem vai ao campo ver treinar e trabalhar, ver jogar, contra grandes e pequenos, a feijões ou a tostões.
 
De quem analisa o fator importante de estar fora da zona de conforto, cultural e linguisticamente, sem deixar que isso comprometa a qualidade do trabalho em campo.
 
Quem se destaca nestas condições, descoberto por olhares competentes, tem palcos maiores para brilhar, inevitavelmente.
 
Morita não tem o físico de Hjulmand nem a técnica de Bragança, mas é a personificação perfeita de alguém que está confortavelmente no meio destes dois, que consegue colmatar ambas as posições, ora a 6, ora a 8, muitas vezes a 10, a contribuir genialmente para o coletivo.
 
Tem feito jogos monstruosos, em desafios grandes e menos grandes. Tem defendido e assistido com uma classe muito própria, que já é imagem de marca. O toque para o remate de Trincão, o passe de primeira em profundidade para a assistência de Paulinho no primeiro dos 6 golos contra o Boavista... É um jogador de referência neste Sporting.
 
Reflexo de humildade e entrega, e com um desenvolvimento pouco habitual para um jogador que já chegou ao reino do leão na época de 22/23 dito "maduro" mas sempre em crescendo, demonstrando inteligência e progressivo entrosamento.
 
Morita merece todo o nosso respeito, pela pessoa e profissional que é.
 
Se pudesse ter uma camisola menos óbvia nesta época de algum dos nossos jogadores, escolheria a camisola 5.
Em frente, samurai! Em frente, Sporting!
SL 💚🤍🦁

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Jogo que podia ter corrido bem mas foi virado pela reviravolta a frio da Atalanta, após início da segunda parte.
 
Primeira parte muito bem disputada de lado a lado, com mais perigo à nossa baliza do que ao contrário, mas sempre com frieza exemplar de Franco Israel, à altura de pelo menos 2 lances que poderiam dar golo, claramente.
 
Bom jogo de Juste e Inácio, com Diomande a começar menos bem, mas a crescer no jogo, sobretudo na estratégia de o colocar como falso 6 na saída de jogo, priorizando Hjulmand e Pote na construção ofensiva.
 
Fizemos um bom jogo, com grande pena de termos perdido o Pote no primeiro golo para uma lesão proveniente do desgaste de muitos minutos de dedicação importantes. Preferia manter o Pote bem a termos marcado um golo que acabou por se confirmar insuficiente para avançar na Liga Europa.
 
Mas com o plantel cansado, com a prioridade e o foco no campeonato e na taça, com uma potencial Champions para preparar na próxima época, acaba por ser um mal menor e diria mesmo necessário para o que realmente interessa para a real perspectiva da época.
 
Uma despedida que é, historicamente, previsível, mas que podia ter tido outro desfecho.
Seguimos na luta, pelas conquistas internas!
Foco máximo do leão no horizonte onde nos esperam títulos!
SL 💚🤍

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Aguenta coração, mas jogos assim valem a pena ver até ao fim.

Avatar do autor PortugaLion, 05.03.24

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5 golos num jogo que, apesar do domínio verde e branco, nunca esteve fechado.

Começamos a acusar um óbvio desgaste, daí a segunda parte do jogo, com erros provenientes de uma clara falta de oxigénio no cérebro e de músculos frescos. É o que dá jogar bem e prevalecer em várias frentes. Previsível.
 
Foi um jogo difícil, como se adivinhava, frente aos leões de Faro que se debateram muito bem - e com o golo mais bonito da noite, verdade seja dita.
Mas o Sporting soube sempre entender o momento do jogo e reagir conforme a necessidade. O 2-2 foi um momento que não refletiu o fluir do jogo, sobretudo quando chegámos a ter 78-22 de percentagem de posse de bola.
 
Em primeira instância, tenho que salientar a importância da exibição de Franco Israel, que esteve muito bem, com reação à altura sempre que lhe foi possível impedir o golo.
 
Bom regresso de St. Juste, que ainda ameaçou o ferro, que acabou por ser protagonista do jogo, tanto contra como a favor.
 
Daniel Bragança fez uma exibição brilhante, pura e simplesmente. Bem a segurar, no grande golo que marcou, no que contribuiu no ataque e a defender também.
 
Gyökeres... Aos 87 minutos, depois do golo e de levar a equipa às costas no último terço durante todo o jogo, fez o que fez, a partir a loiça defensiva farense toda.
 
Não sei o que dizer de Ricardo Esgaio, mas que fez uma segunda parte exemplar, fez, bem a descobrir o espaço, no timing da desmarcação e a desmarcar colegas, com uma assistência para o Pote que foi perfeita. Muito bom jogo do nosso nazareno. Não podemos apenas atacar as fraquezas, temos, sobretudo, que reforçar as qualidades para que os nossos se vejam apoiados e melhorem a sua performance.
 
Pote com um jogo "à Pote", ora com maus remates, ora com lances geniais e um golo bem metido, mas sempre com influência no jogo. Hjulmand muito bem, mas a evidenciar cansaço, como é óbvio.
Foram falhados muitos golos, o que mudaria a expressão do resultado, coisa que tem que ser seriamente melhorada.
 
Diomande podia ter sido expulso, numa fase muito precoce do jogo, há que saber ver as coisas como são. Houve um perdão divino que pode ter ditado a diferença neste jogo. De resto, aproveitou as 8 vidas restantes com segurança.
 
Aparte, gostei muito da exibição do Nuno Santos, e da entrada de Francisco Trincão, apesar de lhe ter faltado alguma frieza na decisão.
 
Mas é noite de Bragança, o nosso puto do meio. Mais que merecido.
Em sérios riscos de ficarmos em primeiro, caso o Porto mostre os dentes em casa hoje, e com um jogo a menos.
 
Saudações Leoninas 💚🤍🖤

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Vitória!..............On fire 🔥..............🤜🟢🤛

Avatar do autor PortugaLion, 01.03.24

Vitória!
Jogo intenso, típico de um derby de maior domínio do Sporting.
Maior domínio de posse, de organização, apesar de alguma desconcentração durante a segunda parte, que permitiu algum crescendo do Benfica.
 
Primeira parte absolutamente tremenda do Sporting, o que foi a exibição de Morita, Hjulmand, Pote, Geny, Diomande? Irrepreensível. Morita estava em todo o lado!

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Notas que também se mantiveram na maioria da segunda parte, mas com um jogo mais partido, com o Benfica a querer mais, mas sem grande chance de equivalência.
 
Dois golos invalidados, um para cada lado, e bem, apesar de lamentar profundamente a perda de mais um Puskas do Nuno Santos.
 
Mas ainda falta uma mão. E não será fácil. Mas com mentalidade, passaremos a eliminatória.
Nem vou falar de Gyökeres.
A ausência de comentários sobre ele enaltece aquilo que já é a rotina e o impacto que tem no Sporting. É um animal do futebol. Faltam adjetivos para o caracterizar.
 
Fiquei surpreendido pela arbitragem. Não esperava que o Fábio Veríssimo fizesse uma arbitragem isenta e quase desconfio, porque quando a esmola é muita, o pobre desconfia.
 
Mostrámos, também, que psicologicamente estamos mais fortes, porque o Benfica num jogo importante e em desvantagem, perde as estribeiras facilmente e é importante constatar essa superioridade psicológica.
 
E deixo aqui quem foi, para mim, o herói do jogo.
 
Hidemasa "samurai" Morita!

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O jogo mais difícil da época, até agora.

Avatar do autor PortugaLion, 26.02.24

Jogar contra tudo e contra todos ganhou um novo sentido hoje.
 
Contra o Rio Ave, contra o clima, contra o tempo e, de ressalvar, contra o árbitro e sua equipa.
O Sporting jogou mal, verdade. Mas há o jogar mal e ir tentando emendar isso ao longo do jogo, coisa que o Sporting, mais ou menos bem, soube fazer. E o Sporting sempre tem sabido reagir a jogos difíceis com uma capacidade anímica, um espírito de sacrifício e coletivo impressionantes, com desfechos, consequentemente, favoráveis. Há quem lhe chame estrelinha, eu chamo balneário.
Mas assim é difícil.
 
Vergonhoso, o critério de arbitragem a que se assistiu hoje.
Muitos erros, muitos cartões por mostrar ao Rio Ave, expulsões inevitáveis e adiadas até serem irrelevantes.
 
Também muitos erros defensivos da nossa parte, coisas difíceis de engolir por esta altura do campeonato, e evitáveis, apesar do desgaste e das condições climatéricas existentes. Ainda assim procurános sempre os 3 pontos, como é habitual.
 
O Rio Ave contentou-se cedo com o empate.
Temos que encarar o jogo sempre como quem sabe que está a jogar contra mais do que 11, o que hoje foi mais do que evidente. Mas também temos que nos lembrar que temos um campeonato para ganhar e que nada está perdido.
 
Notas positivas para Hjulmand, que fez um jogo quase perfeito, para Nuno Santos, que, apesar do penálti cometido, fez uma primeira parte de grande qualidade, e Gyokeres, que merecia muito mais, em mais um jogo muito esforçado e a fazer a diferença na conquista deste ponto.
 
Abaixo deixo imagem daquele que, para mim, foi o principal interveniente da partida e do resultado da mesma.
SL

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Para mim, o jogo foi de Hjulmand e Quaresma, porque foi um jogo ganho pelo meio campo e pela defesa, uma vez que passámos mais tempo a gerir do que no último terço.
 
Mais um bom jogo de Gyokeres, Pote, Nuno Santos e Trincão. Inácio também sempre bem, mesmo quando cometia algum erro, exemplar a resolver.
 
Mas vamos às tônicas:
- Hjulmand foi um gigante novamente a meio campo, ali entre o 6 e o 8, sempre com atitude e reação de capitão, a defender bem e com classe, nunca há pressão para ele e a desenvolver o início do ataque, com visão e igual frieza.
 
Quaresma não perdoou uma, e sempre que podia, queimava linhas e conquistava terreno como se não houvesse amanhã. Gostava de o ver jogar em terreno médio, um dia. Acho que tem qualidade para isso. Faz lembrar o Matheus Nunes na forma como conduz a bola terreno fora, nas saídas e na ambição, apesar de ser mais recuado e "diferente" noutros aspetos. Mas gostava de ver.
 
Jogo difícil, mas positivo, superior e matemático, de quem sabe que daqui a dois dias está a dar o litro novamente. Não gostei da segunda parte, mas percebo a conduta e não critico. É gestão. E se ganhámos, foi bem gerido. Seguimos em frente, rapaziada verde e branca! SL 💚
 
* (Adoro o Hjulmand, é dos melhores trincos construtivos que me lembro de vestir a verde e branca!)
 

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