Hoje precisamos de mais Stromps.
Ninguém até hoje demonstrou tão bem o que é ser Sporting.
Francisco Stromp chorava no balneário enquanto pedia aos companheiros que dessem a vida pelo Sporting em campo.
Foi um dos fundadores, mas a forma como representava e defendia o Sporting são hoje lendárias.
Suicidou-se ainda jovem, vitima de uma doença que, no seu tempo, era incurável.
As suas últimas palavras foram "Viva ao Sporting", descreveu quem assistiu ao seu último ato consciente.
Comecei assim, porque além de merecer ser lembrado, hoje precisamos de mais Stromps.
Mais uma vez o Sporting tenta crescer e mais uma vez encontra muros e paredes, para não dizer autênticas montanhas no seu percurso, que só por si já é difícil, porque o clube continua teimosa, orgulhosa e honradamente a resistir a utilizar meios para alcançar fins.
Não vos vou maçar com detalhes que o grupo já dissecou, vou apenas reforçar que, casos como a perseguição que tem sido movida a Carlos Xavier, apenas tem a ver com o facto do Sporting estar novamente a por tudo e todos em sentido. Felizmente esta gente não assistia à Sporting TV quando lá esteve Carlos Dolbeth.
Ainda hoje estaríamos a jogar à porta fechada.
Fica aqui o meu abraço a Carlos Xavier, que é uma glória nossa, mas devia ser uma glória nacional, merecedora, no mínimo, de outro tipo de respeito.
Por último, não tenho ilusões, quando sei perfeitamente que aquilo que para mim é uma paixão, para outros é dinheiro e poder.
Não pode haver divisões quando o clube é atacado do exterior.
Aproveito para parabenizar quem teve a ideia de substituir os azulejos pelo mural de José de Alvalade. Está magnífico.
Faço o apelo à direção para se fazer algo parecido a honrar a memória de Francisco Stromp. Já está imortalizado nos prémios anuais, mas a sua obra e memória têm de ser transmitidas às novas gerações, pelo simples motivo que os que o fizeram em primeira mão já não estarem entre nós e o seu legado ser demasiado valioso para cair no esquecimento ou apenas no nome.
Viva o Sporting Clube de Portugal
