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Conversas Leoninas

Artigos de opinião sobre o Sporting CP e outros destaques, por Rui Pedro Barreiro.

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As minhas notas acerca da vitória em Alvalade frente ao Estoril na 22ª jornada

Avatar do autor PortugaLion, 28.02.23

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1. Tranquilidade (!). 
Vitória justa da única equipa que fez uma jogada de futebol com cabeça, tronco e membros. Menos nervosismo do que noutras ocasiões. Jogo simples sem que tenha sido muito conseguido.
 
2. O 3-4-3 de Rúben Amorim.
 Algumas mexidas face ao 11 que defrontara o Midtjylland - regressos de Nuno Santos,  de Matheus Reis e de Hector Bellerin; recuo de Pedro Gonçalves para a o médio centro e de Morita para o lugar de Ugarte. Com Pedro Gonçalves muito próximo de Paulinho e Trincão na última linha, a equipa abria 4 à largura e empurrava o rival para trás.
 
3. O 4-4-2 de Pedro Guerreiro.
 Com pouco tempo para preparar a equipa, o Estoril procurou jogar “o seu jogo”. Baixava Tiago Araújo e Guitane para a linha defensiva e juntava João Carvalho a Gamboa. Com 5/6 na linha defensiva não conseguia sair. Quando tentou em ataque organizado foi pior.
 
4. O momento. 
Tenho referido este ponto algumas vezes: como o Sporting não joga sozinho, importa muito o “momento” em que apanha o adversário. Não é o mesmo que defrontar uma equipa em crise de confiança ou com alguns jogadores particularmente desinspirados, e outra que está bem. E isso não se controla.
 
5. Serenidade. 
Sporting estava bem na transição defensiva e “bem” no jogo - mas mal a criar situações de finalização - até aparecer o golo. Talvez isso tenha transmitido alguma tranquilidade,  e sem a sensação de que a sorte estava de costas voltadas, permitiu à equipa estar serena.
 
6. Agressividade. 
Na indisponibilidade de St. Juste jogou-se muito do insucesso da presente temporada. Vê-se como é capaz de oferecer várias soluções para acelerar o jogo pela direita, em condução, em passe ou no posicionamento sem bola. Faltou quem à frente desse continuidade.
 
7. Fim de micro-ciclo.
 Apesar de ter estado tranquila, a equipa esteve também pouco inspirada. Isso é normal considerando o ciclo que se vem jogando (5 jogos em 15 dias). Quando falta frescura mental é importante ter bons processos, para q tudo flua sem grande esforço.
 
8. Ajustes.
 Sem a profundidade/agressividade no corredor que oferecia Porro, Amorim tem de mudar dinâmicas colectivas para poder entrar com perigo. Um bom princípio seria fazer Bellerin atacar o espaço central e Edwards colar-se à linha - melhor para as características de ambos.
 
9. Hidemasa Morita.
 Além de St. Juste, Morita foi quem esteve no melhor nível esta noite: tão inteligente no seu posicionamento que muita da incapacidade do Estoril encontrar que lhe permitisse ganhar confiança passou pelaa forma como desarmou e geriu o jogo. A mostrar que também pode ser opção para a posição 6.
 
10. Em suma. 
Vitória tranquila, como poucas houve esta temporada. Importante também descansar os adeptos, esgotados das enormes oscilações entre resultados. Um jogo que correu de feição perante uma equipa macia, o oposto da que se defrontará no sábado. Será preciso respirar para ir à luta.
 

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