Mais um jogo do nosso Sporting num domingo à noite, impossibilitando muitos Sportinguistas que moram mais longe de se deslocarem ao estádio. Mesmo assim, a casa estava composta com cerca de 36 mil espectadores. Não obstante, julgo que deveria ser feito um esforço maior para que os jogos pudessem realizar-se em datas e horas mais compatíveis com um clube de dimensão nacional ( e internacional ), que tem sócios e adeptos de norte a sul do país e que assim acabam por não acompanhar como gostariam a nossa equipa.
Mas vamos ao jogo. Não entramos bem, o Moreirense esteve por cima quase metade da primeira parte. Nós estivemos lentos e pouco ligados, mas fomos melhorando e fomos para intervalo claramente por cima.
Na segunda parte começamos bem e ao minuto 54, Hyulmand fatura de fora da área dando colorido a uma grande exibição, talvez a melhor desde que chegou a Alvalade. Seis minutos depois é Gyökeres que faz de cabeça, na sequência de um cruzamento de Nuno Santos, o seu golo do jogo, muito merecido, com uma exibição de "encher o olho" e a deixar os Sportinguistas e todos os que gostam de futebol, com vontade de regressar aos estádio para se deliciarem com o futebol do nosso sueco. Depois de mais oportunidades que não se concretizaram, foi Diomande a fechar o resultado de cabeça, na sequência de um canto batido por Geny Catamo.
Apesar de não ter "faturado", Morita encheu o campo com uma excelente exibição. Não gostei nada da arbitragem de Manuel Oliveira que tem nome de cineasta e fartou-se de "ficcionar" no jogo, prejudicando sempre os do costume.
Vou só dar 4 exemplos: Minuto 8, Marcelo atinge com a sola da bota Pedro Gonçalves de forma negligente, ficou livre por marcar e amarelo por mostrar.
Minuto 13, Fabiano atinge Nuno Santos e o cartão ficou no bolso.
Ao minuto 35 foi ao contrário e aqui Nuno Santos levou amarelo, com uma gritante dualidade de critérios.
Minuto 28, os mesmos protagonistas do minuto 8, em zona frontal, perto da área, o árbitro voltou a não ver a infração e nada assinalou. Seria o segundo amarelo e livre muito perigoso, atrevo-me a dizer que, com outras cores, o árbitro teria visto o lance. Enfim, temos que jogar muito mais para lutar contra estas "forças estranhas", com 10 faltas ficamos com 3 cartões amarelos, o nosso adversário fez 16 faltas e teve o mesmo número de amarelos e um vermelho no final do jogo.
Se houvesse rigor e o mesmo critério para as duas equipas, o Moreirense não acabaria a primeira parte com 11, mas como sabemos, isso só acontece noutros campos. Felizmente, jogamos o suficiente para estes lapsos não influenciarem a nossa justa vitória.
Mas vamos aos cinco escolhidos, começando na defesa destaco Diomande, não só pelo golo marcado, mas também pela segurança demonstrada, muito bem nas dobras. Morita foi um gigante a recuperar bolas, a passar com curtos e longos de qualidade, só teve azar em não conseguir concretizar, o que coroaria a excelente exibição. Hjulmand, um dos melhores em campo, muito bom com e sem bola, ainda conseguiu desbloquear o marcador com um belo golo, desta feita sem ninguém a "perturbar" o guardião adversário. Nuno Santos, que grande jogo do nosso esquerdino que, se eu fosse o treinador, seria sempre titular (confesso que não percebo porque razão é muitas vezes substituído, pode ser que um dia Rúben consiga explicar isso); e se eu fosse selecionador, seria convocado para os escolhidos de Portugal. Não há nenhum igual a Nuno Santos.
Por último (last but not least) Viktor Gyökeres realizou mais uma extraordinária exibição tendo sido escolhido como homem do jogo, que assim continue e que os árbitros sancionem devidamente as muitas faltas que sofre.
Não posso deixar de destacar Geny Catamo, entrou muito bem no jogo e mostrou que deve ter mais oportunidades. Confesso que fiquei algo triste com a ausência de Fresneda, face ao avultado investimento pensei que Rúben Amorim lhe desse palco em Alvalade, mas vou esperar com calma. Agora vamos à Austria e espero que seja para ganhar. Força Sporting.