A regra, aplica-se a todas as circunstâncias.
Da política ao futebol, onde não há pão, existem sempre razões para a desconfiança, para a crítica ou mesmo, pôr em causa tudo o que foi feito de bom.
E o bom, passa a supérfluo, à amnésia selectiva.
E se ninguém está isento do erro - até Jesus Cristo terá errado - já quando não existem soluções, do agrado de todos, então entra-se numa espiral de irracionalidade.
Sendo um país de parcos recursos económicos, é natural que se vendam anéis, sem perder os dedos.
O futebol não é exceção.
Nos chamados mercados de transferências, nem os “grandes” escapam ao assalto que vêm de outras paragens, onde o vil metal fala mais alto.
As saídas de atletas, daqueles que se distinguem com nota positiva, ou muito acima da média, é um mal necessário, porque os Clubes portugueses não têm capacidade económica para os segurar.
E ninguém escapa a este vendaval.
A saída de Matheus Nunes, cria no Sporting Clube de Portugal uma imensa cratera a que só o tempo poderá estancar, dada a hemorragia interna, e externa, que provoca.
Matheus era a pérola de coroa, num plantel que já por si ficava nivelado por baixo, quando se olha para os adversários directos.
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E nesse capítulo, quem o poderá substituir?
Aqui chegados, até onde poderá ir o técnico?
Mudar a táctica?
Sair da zona de conforto, dos três centrais, para o sistema de 4 defesas e um meio campo com outras 4 unidades?
Colocar Pedro Gonçalves no lugar de Matheus?
Simples na retórica, mas nada fácil na aplicação, porque obriga a um trabalho de quase pré-época.
Do Clube sai um atleta de eleição.
Ao Clube chegam milhões de euros.
Gerir não é fácil.
Gerir não é estar à frente do computador e lançar farpas.
E se em termos financeiros o Clube volta à tona de água, resta saber o que estará a ser “cozinhado” nos bastidores.
O mercado continua aberto, quem sabe se o Clube não está a preparar um regresso.
Se assim for, todos ganham.
O futebol português, o Clube e, sem dúvida, o atleta que se pagará a si mesmo, com as mais valias que arrasta com ele.
Agora é tempo de cabeça fria e deixar a gestão do Convento a quem lá está dentro!
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Cortesia de Fernando António (jornalista desportivo)