Conversas Leoninas

Numa semana que teve vários momentos evitáveis ( da viagem a Londres de Rúben Amorim aos problemas de Gyökeres que o tiraram do onze) o jogo não começou bem, com um mau alívio de Franco Israel acabamos por sofrer um golo totalmente desnecessário e que não devia ter acontecido. Certo é que ainda antes dos 10 minutos de jogo já estávamos a perder. Aos 30 minutos percebia-se facilmente a falta que Gyökeres faz no jogo, a colocação de Gonçalo Inácio como "ala" e Diomande a central à esquerda não funcionaram muito bem. Eu vi isto e, certamente, o nosso treinador percebeu isso ainda mais cedo. Provavelmente, digo eu, que terá percebido que o onze inicial deveria ter sido outro. Infelizmente, a posse de bola não chega e o resultado de 2 a zero ao intervalo era penalizador para o Sporting. Erros durante a semana e durante a primeira parte. Ao intervalo percebeu-se que Gyökeres iria entrar, mas a saída de Bragança eu não a previa. St Juste amarelado foi o segundo a sair entrando Quaresma no início da segunda parte, aos 51 minutos de jogo.Aos 61 minutos entraram Nuno Santos (que deveria ter entrado no onze inicial, na minha modesta opinião) e Morita, saindo Diomande e Paulinho, ficando a equipa muito mais próxima da que eu teria escolhido para começar o jogo. No último quarto de hora do jogo mantinha-se o resultado da primeira parte, apesar da melhoria clara do Sporting, ainda que insuficiente para dar a volta ao resultado. Perto do final, Gyökeres marca duas vezes, numa assistência de Nuno Santos e depois de Marcus Edwards, num minuto o resultado acabou por ficar com alguma justiça. Acabamos a jogar com 10, após uma expulsão forçada de Edwards, numa bela encenação de Galeno, com o VAR que enquanto árbitro não expulsou Di Maria após agressão a Pedro Gonçalves, e com o mesmo árbitro que para expulsar Pepe no jogo em Alvalade teve que ir ver a jogada, após chamada de atenção do VAR enfim, o habitual. Para mim, em condições normais poderíamos ter ganho este jogo. Vamos às cinco escolhas: Gyökeres, entrou no início da segunda parte e foi essencial para o empate final. A equipa está demasiado dependente deste extraordinário jogador, deixá-lo no banco é uma opção que diminui a acutilância da equipa. Foi o homem do jogo para a Sport TV. Nuno Santos demonstrou que deveria ter sido um dos onze desde o início. Não percebi esta opção de o deixar de fora do onze inicial e Nuno Santos mostrou isso mesmo com a sua exibição, nos 35 minutos em que esteve em campo. Hjulmand voltou a ser muito importante e merece estar nos 5 escolhidos.  Fez o jogo completo, encheu o meio campo e esteve na melhor fase do Sporting. Gonçalo Inácio foi colocado como "ala" esquerdo e tentou fazer o seu melhor, mas depois das alterações voltou ao seu lugar natural e ajudou a mudar a feição do jogo. Por último escolho Edwards, esteve pouco tempo em campo (5 minutos), mas foi decisivo para o resultado obtido, com uma assistência fundamental para garantir o ponto obtido. Se a exibição não foi a desejada, julgo que o onze escolhido e a forma (táctica e estrategicamente)  como abordamos o jogo não foi a correta. Espero que o nosso treinador tenha percebido o que deve fazer na final da Taça de Portugal, dia 26 de Maio.  Dia 4 de Maio temos jogo em casa, com o Portimonense, para ganhar. Força Sporting.

Mais um jogo em que a nossa superioridade foi demonstrada em campo. Convém lembrar que este jogo ocorreu em casa do líder do campeonato  suiço. Apesar de algumas mexidas no onze inicial, a equipa do Sporting começou o desafio a mandar no jogo e quase abria o marcador e nem o sintético afastou a boa exibição. Para lembrar alguns esquecidos convém que se diga que as únicas equipas que ganharam em casa do líder suiço foram o Manchester City e Leipzig. Todavia, apesar das tentativas na primeira meia hora dos jogadores do Sporting, foi um autogolo que abriu o marcador, depois de um cruzamento de Edwards. Foi o mesmo protagonista que sofreu a grande penalidade convertida pelo inevitável Gyökeres, mas fomos para o intervalo com um golo de diferença depois dos suiços terem reduzido a vantagem de dois golos. O início da segunda parte trouxe o terceiro golo, que fixou o marcador. Livre de Pedro Gonçalves e cabeçada imperial de Gonçalo inácio a marcar. Pedro Gonçalves voltou a encontrar o poste, tal como em Bergamo, mas a vitória inequívoca deixa-nos com vontade de ir a Alvalade, para o jogo da segunda mão. Espero que o estádio esteja a "abarrotar" e o apoio seja incrível, como Rúben Amorim e os seus jogadores merecem. Registe-se que Rafael Nel e Koindredi estrearam-se na equipa principal e na Liga Europa.

Vamos aos cinco escolhidos: 4 mais ou menos óbvios e um quinto em que a preferência pesou na escolha, apesar de ter mais 3  jogadores que poderiam fazer parte da minha seleção de 5. Edwards foi um dos destaques, esteve ligado aos dois primeiros golos e nunca deu grandes hipóteses aos defesas da equipa suiça. O relvado sintético não foi obstáculo para ele, tal como não foi para Gyökeres, um perigo para o adversário, que marcou a grande penalidade e só saiu antes do fim porque estava a ser massacrado pelos adversários (fizeram 21 faltas e muitas sobre o nosso ponta de lança) e convém poupá-lo. Gonçalo Inácio, comandou a defesa e marcou um golo, que mais se poderia pedir ao internacional português? Eduardo Quaresma continua a fazer pela vida e esteve globalmente bem, com 14 ações defensivas, incluindo cinco desarmes. A chamar a atenção do selecionador nacional. Pedro Gonçalves, não sabe jogar mal e para além da bola no poste, foi ele que cobrou o livre para a cabeça de Inácio fechar a contagem. Não sabe jogar mal. Tal como a nossa equipa, que se quer a ganhar cá dentro, como lá fora. Fizemos apenas 2 faltas, o que seria impossível por cá! Força Sporting.

Assim se perdem pontos, assim se perdem campeonatos. Quando vi a equipa de arbitragem destacada para este jogo pensei logo que ia correr mal, tal como já aconteceu várias vezes. Vale a pena fixar os nomes desta equipa de arbitragem chefiada por Artur Soares Dias e verificar a sua carreira. Relembrem-me um jogo em que tenhamos sido beneficiados por estes árbitros?! Infelizmente, é muito fácil amarelar e expulsar jogadores do Sporting. Neste jogo houve uma clara dualidade de critérios na marcaçao das faltas e na amostragem de cartões amarelos. O primeiro golo nasce de uma falta inexistente. Com o mesmo critério que expulsou Inácio, Neves já não estaria em campo quando marcou o golo do empate e se fosse ao contrário o tempo de compensação teria sido devidamente cronómetrado. Lamento, mas é sempre assim. Onze contra onze o Benfica não ganharia este jogo. Mesmo contra dez foi completamente pura sorte e, eventualmente, algum azar e desconcentração da nossa parte. Não merecíamos perder este jogo, mas perdemos. Podemos sempre dizer que com Coates e Inácio amarelados (e assim se condiciona uma equipa) na primeira parte era previsível que algum deles fosse expulso, mas Amorim não podia tirar os dois centrais ao intervalo, todavia, em vez de Paulinho poderia ter metido o Daniel Bragança. É fácil falar depois...

Tenho pena que sejamos tão silenciosos com os erros de arbitragem que sempre nos prejudicam.  Julgo que no duelo com o Porto o Benfica também jogou contra dez a maior parte do tempo. Não é por acaso que na Europa as coisas são diferentes, na maioria das vezes, para os nossos adversários internos.

Vamos às 5 escolhas em que quase me apetecia dizer que foram a equipa de arbitragem com VAR incluído, mas como há ajudante de VAR seriam 6 escolhas...

Gyökeres, Hjulmand, Diomande, Coates e Edwards são as minhas escolhas. Confesso que não me vou alongar nas justificações.  Não tenho espírito para isso.Só espero que tenhamos aprendido o suficente com esta derrota, para que na segunda volta tenhamos a merecida vitória e que entretanto a sorte de hoje do nosso adversário se transforme em azar noutros jogos. Força Sporting.

Um jogo em Rio Maior, casa emprestada do Casa Pia, cheio de Sportinguistas que aproveitaram a oportunidade de puxarem pela sua equipa do coração. Um desafio que esteve interrompido na primeira parte por problemas de saúde de um grande Sportinguista, grande responsável pela cidade desportiva de Rio Maior, Silvino Sequeira, a quem envio os votos de boa recuperação.

Quanto ao jogo, o Sporting marcou cedo, por Paulinho, na sequência de mais um arranque de Gyökeres pelo flanco esquerdo e com centro de Esgaio, muito bem aproveitado pelo nosso avançado. Pareceu-me, na altura, que a bola teria sido ligeiramente desviada por um defensor do Casa Pia e por isso o eventual fora de jogo não existiria.

Viemos a saber no final que, por lapso na colocação das linhas, o VAR validou um golo em que Paulinho estaria em fora de jogo por 9 cm. Nada que não tenha acontecido noutras ocasiões e também em ligas mais desenvolvidas do que a nossa. A tecnologia é muito importante, mas os erros podem acontecer. Aliás, se há clube que tem sofrido com os erros esse tem sido o Sporting (lembro-me logo da mão do Rony).

Foi rápido o CA a assumir o erro e a comunicar a suspensão do VAR e AVAR.

Diga-se que este jogo, justamente ganho pelo Sporting, teve uma arbitragem que prejudicou o nosso clube, quer técnica, quer disciplinarmente. Só a título de exemplo, na primeira parte, relembro os pisões a Esgaio e a Pedro Gonçalves que passaram em claro (e bem sabemos que um pisão de um Sportinguista dá sempre cartão, podendo até dar vermelho), a grande penalidade evidente não assinalada sobre Marcus Edwards, com erro do árbitro e também do VAR (sobre este erro, não houve comunicado).

Na segunda parte, Gyökeres seguia para o golo dentro da grande área e o árbitro assinala falta inexistente do nosso atacante e antes do golo do empate, há falta sobre o nosso avançado sueco que o árbitro ignora totalmente. Mas deixemos os erros da equipa de arbitragem e concentremo-nos no necessário elogio ao treinador do Sporting e, principalmente, ao do Casa Pia. As declarações de ambos sobre o erro do VAR merecem destaque pela positiva, mas as de Filipe Martins fazem com que eu, que já o admirava como técnico, o passe a admirar como homem. Fez questão de deixar claro que tinha a certeza da honestidade do VAR e do AVAR. Muito Bem, o meu aplauso. Ter fair-play quando se ganha é mais fácil do que quando se perde.

Quanto ao jogo, foi melhor o resultado do que a exibição.

Vamos às minhas escolhas: Paulinho, justamente o homem do jogo. Tal como já disse e escrevi, a companhia de Gyökeres faz bem a Paulinho. Estes dois jogadores, obrigatoriamente tinham que fazer parte dos meus 5. Jogaram e fizeram jogar, foram decisivos na vitória e nos 3 pontos.

Também Marcus Edwards esteve bem e foi dor de cabeça para o Casa Pia. Parece estar a subir de forma, ainda bem. A minha quarta escolha recai em Ricardo Esgaio. Foi consistente e ajudou na construção da vitória. Muitas vezes criticado, merece hoje este destaque.

Por último escolho Gonçalo Inácio, para mim o melhor dos 3 centrais, apesar de não ter sido o seu melhor jogo. Fora das 5 escolhas, tenho que referir dois jogadores que entraram na fase final do jogo, mas que me agradaram bastante. Geny Catamo e Morten Hjulmand. Boas indicações e a justificaram a eventual titularidade no futuro próximo.

Dois jogos, duas vitórias. Estamos a crescer, mas temos que melhorar e ser mais consistentes. Sofremos 3 golos e marcamos 5, nestes dois primeiros jogos. Vem aí o Famalicão, uma boa equipa, com um bom treinador, mas temos que ganhar em nossa casa, sem sofrer como aconteceu com o Vizela. Força Sporting.

Num jogo em que a vitória garantia a presença na final da Taça da Liga o nosso treinador surpreendeu-me ao deixar Gonçalo Inácio e, sobretudo, Pedro Porro, no banco, substituídos respetivamente por St. Juste e Esgaio.

Durante a primeira parte não se sentiu muito a ausência destes dois habituais titulares, tendo chegado ao intervalo a vencer, o Sporting esteve uma vez mais com níveis de concretização abaixo da criação de oportunidades. O jogador em destaque da primeira parte era Nuno Santos, muito acima dos restantes e talvez por isso a ausência de Porro não fosse tão sentida.

A seguir a Nuno Santos, Paulinho destacava-se pelo trabalho, ainda que denotando alguma ineficácia. Ao mesmo nível, os outros dois da frente, Pedro Gonçalves e Edwards (ficou na retina uma jogada em que fintou meia equipa adversária) e os dois médios Morita e Ugarte.

O golo do Sporting nasce de um bom entendimento na sequência de um livre que teve intervenção do VAR, com intervenção de muita qualidade de Nuno Santos e assistência de Pedro Gonçalves para a concretização de Paulinho.

Na segunda parte, permitimos o empate numa boa jogada do Arouca, Alan Ruiz tem uma excelente assistência finalizada com uma boa concretização do avançado internacional pela Palestina.

Rúben Amorim acabou por fazer entrar os dois jogadores habitualmente titulares e explicou, no fim do jogo, que Porro precisava de descansar, tendo ficado no banco por isso. O segundo golo apareceu com o inevitável e omnipresente Nuno Santos a lançar Paulinho que concretiza à ponta de lança.

Ganhamos o jogo, objetivo principal, mas a exibição poderia ter sido mais consistente, especialmente na segunda parte onde sofremos um golo do Arouca. Ainda assim, no final do jogo destaco Nuno Santos, de longe o melhor deste desafio, seguido de Paulinho que marcou 2 golos e fez o oitavo nesta edição da Taça da Liga e o 11º nesta época. Matheus Reis, apesar de ligado ao golo do Arouca também ajudou Nuno Santos a brilhar. Morita mostrou apetência pelo remate e considerando que vem de uma paragem prolongada, tenho que o destacar. Marcus Edwards esteve em  destaque em alguns belos momentos, apesar de se "ausentar" do jogo em outras ocasiões.  Aqui ficam os meus 5 destaques.

Agora temos no sábado a final. Oxalá que Pedro Porro ainda jogue este desafio, infelizmente já não o devemos ter na primeira jornada com o Braga. Foi um jogo em que fizemos apenas 7 faltas e rematamos 25 vezes, 20 delas dentro da grande área. Não posso fechar esta apreciação sem realçar a excelente entrada de Mateo Tanlongo, parece um bom reforço e é um bom trabalho da "prospeção". Ainda bem.

Força Sporting

Este jogo tinha uma importância grande. Não só pelos pontos já perdidos, mas também pelos traumas recentes naquele estádio, a juntar a uma derrota na Liga dos Campeões.

Confesso que na primeira parte estava a gostar bastante de St Juste (1), que saiu pouco depois do início da segunda parte. Também Morita (2) e Edwards (3) me convencerem. Estão pois, encontrados os meus primeiros 3 destaques. Morita marcou contra a sua antiga equipa e jogou bem, Edwards criou brechas na defesa do Santa Clara, apesar de ter pecado na finalização, nalgumas ocasiões em que teve tudo para marcar. Espero que o St Juste não se tenha lesionado novamente e que a substituição tenha sido preventiva. A sua velocidade cria boas condições de penetração na defesa contrária e colmata de alguma forma a ausência de Porro.

A minha quarta escolha recai em Ugarte (4). Não foi dos seus melhores jogos, mas foi importante na consistência do Sporting e foi pronto socorro nas alturas em que o Santa Clara colocou algum perigo no jogo. Confesso que a minha quinta escolha não foi muito difícil.

Adán (5) esteve bem e foi ele que aguentou o resultado, tendo sido escolhido pela Sport Tv como o homem do jogo.

Uma palavra para Gonçalo Inácio que entrou bem no jogo e apesar de central a jogar pelo lado direito, deu conta do recado. Outro destaque, apesar de fora dos 5, para Nuno Santos que  nos descansou e fez o que o Sporting faz poucas vezes, rematando de fora da área.

 Não foi um grande jogo do nosso Sporting, tendo permitido o crescimento da equipa adversária de uma forma que deixou os adeptos a sofrer sem necessidade. Mais uma vez sofremos um golo nos minutos finais do jogo.

Oxalá, na próxima quarta-feira tenhamos a sorte do jogo com o Marselha, no jogo da Liga dos Campeões. Mais uma vez não vi jogar Fatawu, tenho que meter uma cunha a Rúben Amorim.

Força Sporting, vence por nós.

Rui Pedro Barreiro