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Conversas Leoninas

Artigos de opinião sobre o Sporting CP e outros destaques, por Rui Pedro Barreiro.

Artigos de opinião sobre o Sporting CP e outros destaques, por Rui Pedro Barreiro.

QUEM MARCA SEUS MALES ESPANTA....... por André Pipa.

Avatar do autor PortugaLion, 09.04.24

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◼︎ Dos dois magnificos dérbis retive o seguinte: as duas melhores exibições do campeão Benfica nesta temporada não chegaram para evitar dois desaires com o Sporting, o que, reconheça-se, diz muito sobre a competitividade e solidez do líder do campeonato. Em Alvalade, como antes na Luz, o Sporting, andou sempre na frente (foi assim nos quatros dérbies e só no primeiro o Benfica conseguiu virar a desvantagem... com o rival reduzido a dez) e, mesmo não atingindo o nível exibicional de outros jogos, conseguiu os seus objectivos sem precisar dos golos de Gyökeres.
 
◼︎ Chegou a parecer que o leão dependia talvez excessivamente do sueco nesse importante particular, mas vários outros jogadores provaram, nestes últimos tempos (exemplos de Nuno Santos, Hjulmand, Paulinho e Geny Catamo, autores de golos decisivos…), que Amorim pode dormir descansado quanto à fiabilidade do colectivo, ainda e sempre o mais importante numa equipa que luta por títulos.
 
◼︎ O que mais impressiona neste Sporting de voraz apetite goleador (123 em 46 jogos, à média de 2.67 p/j) é a facilidade com que marca… e todos marcam. Há nove jogadores com cinco ou mais golos (5: Daniel Bragança; 6: Coates, Nuno Santos e Geny; 7: Trincão; 16: Pedro Gonçalves; 18: Paulinho; 36: Gyökeres) e ainda faltam oito jogos para o fecho da época. Há muita gente com a pontaria afinada e a dizer ‘presente’ em momentos decisivos – ou seja, não é só Gyökeres a resolver, embora o sueco seja, de facto, um avançado de excelência por tudo aquilo que oferece à equipa. Na Europa, só o Liverpool (127 golos em 49 jogos) tem mais golos que o Sporting.
 
◼︎ ‘O golo é sempre a coisa mais importante do futebol’, lembrava insistentemente (com toda a razão), o meu amigo José Manuel Delgado nas nossas charlas televisivas. Talvez por isso, pela exuberante facilidade de concretização que têm revelado ao longo de toda a temporada (marcou em 45 dos 46 jogos; o único em que ficou a zero foi a meia-final da Taça da Liga com o Braga, a tal das três bolas nos ferros), o Sporting tenha muitas hipóteses de terminar a época a sorrir.
 
PS – Note-se que nem sempre uma máquina goleadora é sinónimo de sucesso. Para encontrar um Sporting tão goleador como este é preciso recuar a 1962-63 (Juca), mas essa equipa, apesar de ter concluido a época com 128 golos (!!!) em 41 jogos (havia Osvaldo Silva, Figueiredo, Mascarenhas, João Morais, Géo..) não foi campeã: terminou no 3.º lugar, a dez pontos do Benfica e a quatro do FC Porto.
 
André Pipa via Facebook