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Conversas Leoninas

Artigos de opinião sobre o Sporting CP e outros destaques, por Rui Pedro Barreiro.

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Dier revela o que o "enfurecia" no Tottenham: «Tive uma sorte enorme por ter crescido num clube como o Sporting»

Defesa do Bayern Munique critica a forma como a formação é feita em Inglaterra

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Atualmente vinculado ao Bayern Munique, Eric Dier olhou para a sua passagem pelo futebol inglês e deixou críticas à forma como os clubes do seu país natal lidam com os jovens jogadores, algo totalmente distinto daquilo que encontrou no Sporting, o seu clube de formação. Em entrevista ao podcast 'The Overlap', com Gary Neville como entrevistador, o defesa de 30 anos recordou a forma como os miúdos lidavam com os mais velhos no Tottenham, em claro contraste com aquilo que vivenciou e aprendeu em Alcochete.
 
"Tive uma sorte enorme por ter crescido num clube como o Sporting, que é incrível na forma como cuida de nós como seres humanos. Desde que temos 8 anos, a forma como nos disciplinam, a forma como nos ensinam tudo, os princípios que nos inculcam, para nos comportarmos e sermos boas pessoas, são muito fortes nisso. Isso vem de uma posição de poder, porque são o Sporting, e em Portugal todas as crianças querem jogar por eles, por isso podem fazer isso.
 
Em Inglaterra tens o problema de haver 20 clubes na Premier League que podem pagar aos miúdos valores doidos de dinheiro. Se não gostas da forma como te tratam, lá vais tuo para o Chelsea ou Liverpool. Esse é um grande problema no sistema de formação em Inglaterra. Têm de dar mais poder aos clubes em relação aos jovens jogadores, para que não os deixem assim. Não lhes é dada a educação correta, em relação ao que devem ser como pessoas. No Tottenham era algo que me enfurecia, quando os jovens vinham treinar com a equipa principal e nem sequer nos cumprimentavam como devia ser ou olhavam nos olhos, para dizer apenas um bom dia", considerou.
 
"No Sporting, no meu processo de crescimento, como vivia na Academia, tinha de cumprimentar todas as pessoas. E se não fizesse a cama não teria autorização para sair da Academia no fim de semana. E não fazia diferença se a tua mãe ou o teu pai estivessem lá nessa altura. E esse foi um hábito que ganhei para a vida. Tinhas essas pequenas coisas. Se faltasse à escola não jogava no fim de semana. E não fazia diferença se o adversário era o Benfica. Não jogavas! Para mim, tens de ter boas bases com os jovens jogadores, porque é muito difícil para eles, pois estamos num mundo diferente com as redes sociais".
 

Por Fábio Lima via Record