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Conversas Leoninas

Artigos de opinião sobre o Sporting CP e outros destaques, por Rui Pedro Barreiro.

Artigos de opinião sobre o Sporting CP e outros destaques, por Rui Pedro Barreiro.

As minhas 5 escolhas do Sporting Clube de Portugal 5 /Estrela da Amadora 1

Avatar do autor Rui Pedro Barreiro, 02.11.24

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Num jogo que começou sabendo-se que Rúben Amorim seria o treinador do Manchester United a partir de 11 de Novembro, ou seja, que ainda teríamos Manchester City e Braga com a mesma equipa técnica. Uma situação algo insólita para nós, mas ter na nossa estrutura o diretor desportivo do City e o treinador do United, não deixa de ser algo inédito e que valoriza o trabalho desenvolvido nos últimos anos no nosso clube. Acreditamos todos que nos próximos dois jogos teremos um Sporting forte e a querer ganhar. Os olhos da cidade de Manchester já cá estão!

Vamos ao que interessa, o Estrela valorizou a nossa vitória visto que a equipa da Amadora nunca se remeteu à defesa e obrigou o nosso guarda-redes a trabalhar muito e bem, tendo mesmo marcado um golo, o que já não acontecia desde a segunda jornada, pois o último golo (o segundo) que sofreramos foi com o Rio Ave, em Alvalade. Uma vitória inequívoca, com algumas exibições abaixo do que é normal, um resultado talvez exagerado face à prestação do nosso adversário, mas que teve um goleador endiabrado que fez o chamado "poker", marcando os quatro primeiros golos. Uma nota para a arbitragem de Bruno Vieira que me pareceu acima da média, bem auxiliado pelo VAR João Gonçalves.

Franco Israel, com 3 grandes defesas evitou males maiores para a nossa equipa, sendo que a segunda parte foi menos exigente do que a primeira, mostrou bem a razão de ser da sua titularidade, provavelmente o mesmo acontecerá na sua seleção se continuar assim.  A escolha do guarda-redes do Sporting, nestas 5 escolhas, também é um prémio para o clube da Amadora.

Daniel Bragança, um jogador que me enche as medidas. Voltou, jogou e fez jogar. Com bola e sem ela foi muito importante para o resultado final. Esteve quase a marcar na primeira parte. Primeiro com Hjulmand, depois com Morita, cumpriu sempre e ainda teve oportunidade de assistir, com um passe de longa distância, Maxi Araújo.

Maximiliano Araújo, a aproveitar bem a infelicidade de Nuno Santos, está a crescer e a mostrar serviço, cada vez mais entrosado com os colegas, sabe o que fazer nas tarefas defensivas e ofensivas. Marcou o quinto golo do Sporting, recebendo uma bola açucarada de Bragança.

Francisco Trincão, o que dizer deste extraordinário jogador? Esteve nos lances mais perigosos do Sporting, assistiu para 2 golos de Gyökeres, contribuiu ativamente para colocar a linha defensiva adversária em sobressalto. Infelizmente só temos 50% do passe deste jogador e o Barcelona deve começar a pensar em usar a cláusula de recompra, que neste momento é uma pechincha, atenta a elevada perfomance do nosso jogador.

Viktor Gyökeres, o verdadeiro "afasta crise" do Sporting. Transforma uma jogada aparentemente controlada pelo adversário, numa oportunidade ou num golo. Quanto vale ter um jogador destes? Marcou 4 golos, um deles de grande penalidade, mas julgo que só falhou num remate à baliza. O homem do jogo, num desafio que não vai esquecer, certamente. O melhor marcador do campeonato português e não só!

Agora temos já na terça-feira mais um grande jogo. Espero que todos se superem e possamos prosseguir com sucesso em mais um jogo na Liga dos Campeões. Não seria a primeira vez que apareciam bons resultados com o Manchester City. Força Sporting.

As minhas 5 escolhas do Sturm Graz 0/ Sporting 2

Avatar do autor Rui Pedro Barreiro, 23.10.24

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Uma noite de futebol da Liga dos Campeões, na Áustria, onde só há pouco o Sporting se habituou a ganhar. E este hábito de ganhar está intimamente ligado ao nosso treinador, Rúben Amorim, que já entrou na nossa história e que, espero, nos continue a dar alegrias.  Nesta terça-feira europeia o Sporting ganhou e nunca deu grandes hipóteses ao adversário, apesar do resultado final ser escasso para as oportunidades criadas e para o domínio exercido. O que nos encheu de orgulho foi a forma autoritária e a superioridade demonstrada naquele jogo. Vou deixar de fora Francisco Trincão, que quase marcava um extraordinário golo e esteve sempre em elevada rotação, também Hjulmand, Bragança e Gonçalo Inácio ficam de fora apesar da sua boa prestação em campo, mas escolher 5 é assim.

Começando na linha defensiva, aqui ficam as 5 escolhas:

Franco Israel mostrou que é titular por boas razões, grandes defesas, garantindo o nulo e contribuindo decisivamente para a nossa vitória. Excelente exibição, a justificar a aposta.

Zeno Debast, conseguiu um recorde na "Champions" acertando 11 passes longos em 14 e justificou a sua aquisição. Em antecipação, no jogo aéreo, nos passes verticais, realizou uma exibição de altíssimo nível. Todavia, deixou a sua marca quando vai ao flanco esquerdo recuperar uma bola, finta vários adversários com o corpo e segue a indicação de Nuno Santos lançando de trivela Gyökeres que faz o segundo golo do Sporting. Uma jogada para o álbum de recordações. Muito bem.

Nuno Santos, o tal que eu considero um indiscutível da nossa equipa. Marcou o primeiro golo, mas foi muito mais do que isso para a equipa. Entendeu-se bem com Maxi Araújo, esteve muito concentrado e enquanto teve disponibilidade física foi um verdadeiro leão em campo, desequilibrando sempre. Um verdadeiro espalha brasas, um jogador único. Excelente.

Geny Catamo, ligado ao primeiro golo contribuiu para que os adversários não se pudessem só preocupar com a nossa asa esquerda. Muita magia nos pés, foi um verdadeiro quebra-cabeças e se não houvesse VAR teria ganho uma grande penalidade, já na segunda parte. Sorte a nossa ter tanta qualidade no plantel e poder beneficiar de "artistas" da bola como este.

Viktor Gyökeres, mais uma grande noite para o nosso goleador. O golo que marcou deixa bem a sua assinatura e torna cada vez mais inevitável a cobiça dos tubarões. Apesar da grande exibição ainda podia ter marcado mais, falhando algumas ocasiões, mas o seu fulgor fez-lhe merecer o título de homem do jogo. Um perigo à solta, a mostrar mais uma vez que a teimosia do nosso treinador fez todo o sentido. Grande jogador.

Missão cumprida, temos agora o Famalicão. Um campo tradicionalmente difícil para nós, vamos em busca de mais 3 pontos para continuar na senda do bicampeonato. Força Sporting. 

 

As minhas 5 escolhas do Sporting 4 / Tondela 0

Avatar do autor Rui Pedro Barreiro, 10.01.24

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Um jogo em que quase tudo correu bem,  Rúben Amorim estreou Rafael Pontelo que deu boas indicações apesar de alguns lapsos, com 7 habituais titulares fora do onze inicial, um meio campo com Daniel Bragança e Pedro Gonçalves e apenas uma opção de ataque no banco, Afonso Moreira. A maioria dos jogadores no onze inicial eram esquerdinos, 6 em 11, Gonçalo Inácio, Rafael Pontelo, Daniel Bragança, Nuno Santos, Trincão e Paulinho.

Pela primeira vez fomos para o intervalo a ganhar por 3. Aos 11 minutos Pedro Gonçalves, a minha primeira escolha mostrou como se faz, repetindo a dose aos 17 minutos.

Gyökeres ( a minha segunda escolha) marcou o terceiro golo, após cruzamento de Nuno Santos (desta vez fica de fora dos 5 escolhidos, mas se fossem 6 estaria lá).

Daniel Bragança é a minha terceira escolha, mostrando que o seu pé esquerdo dá muito ao futebol do Sporting e a fazer uma bela dupla de meio campo, estando envolvido nas melhores jogadas coletivas da equipa.

A minha quarta escolha é Francisco Trincão, muitas vezes criticado, algumas com razão, parece estar a subir de forma e a mostrar a sua importância no jogo do Sporting.

Por último, destaco como quinta escolha o nosso guarda redes Franco Israel que foi essencial para manter a nossa baliza inviolável, mostrando que tendo pouco trabalho o que realizou foi com qualidade.

Também gostei bastante de Hjulmand, que pelos vistos não sabe jogar mal, mas 5 escolhas deixam sempre alguns de fora. Paulinho voltou a demonstrar que precisa de melhorar a sua eficácia, pois teve várias oportunidades e só concretizou uma, infelizmente numa jogada irregular por fora de jogo de Esgaio.

Em resumo, mais uma goleada, que poderia ter atingido números mais elevados se houvesse mais eficácia e com Gyökeres a demonstrar que é único neste nosso campeonato, pelo que joga, com e sem bola e pelo que marca, estando a pulverizar todos os recordes individuais.

Uma nota final para a fraca assistência em Alvalade:

- Insisto que nestes jogos se deveria premiar os sócios em geral e em particular os que compram a gamebox, incentivando a sua presença. 

Vamos a Chaves e precisamos de ganhar mais esse jogo de janeiro. Força Sporting!

As minhas 5 escolhas do Raków 1/ Sporting 1

Avatar do autor Rui Pedro Barreiro, 26.10.23

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Um jogo na Polónia contra a equipa mais fraca do nosso grupo que até agora colecionava derrotas, o que nos poderia proporcionar a primeira vitória num país onde nunca conseguimos ganhar. Infelizmente, com a expulsão de Gyökeres no início do jogo, perdemos uma excelente oportunidade de ganhar. Todavia, Coates marcou o primeiro golo do desafio, o que parecia ser um bom prenúncio para uma eventual vitória, mas alguns dos nossos jogadores estiveram abaixo das necessidades e o nosso técnico não foi feliz na gestão da equipa, nas substituições e nos respectivos "timings". 

O relvado era mau para as duas equipas. A jogada do golo do empate é um bom exemplo do que não deveria ter acontecido e não é muito abonatório para alguns dos nossos jogadores. Sei que é mais fácil falar depois do jogo, mas confesso que me pareceu que esta equipa estava ao nosso alcance mesmo a jogar com 10.   Porque razão Nuno Santos não entrou mais cedo? Aos 90 minutos? Qual era o objectivo? O golo do empate foi perto dos 80 minutos e os nossos laterais estiveram abaixo do que se exige. Deixemos esses aspetos menos bons e vamos antes abordar os aspectos positivos.

Destacaram-se Coates, não só pelo golo que marcou, mas pela forma como foi conseguindo comandar a defesa e tranquilizar a equipa. Também Diomande se destacou, tendo de "dobrar" várias vezes Esgaio que pareceu perdido durante muito tempo. Gonçalo Inácio também merece destaque e entrar nas minhas 5 escolhas, podia ter colecionado mais uma assistência se Pedro Gonçalves tivesse conseguido desfeitear o guarda-redes adversário. Hjulmand também conseguiu uma boa exibição, talvez das melhores desde que chegou e foi importante para que nos "aguentássemos". Falta-me uma escolha e esta vai recair no nosso guarda-redes, Franco Israel, que apesar de tudo teve uma boa estreia este ano como titular na Liga Europa. Agora é aprender com os erros, ganhar ao Boavista e perceber que provavelmente o "mercado"não nos trouxe tudo o que precisávamos. Gyökeres disfarça algumas carências, mas não chega para tudo! Ainda assim, o Sporting é muito melhor e deve mostrar isso quando recebermos os polacos. Força Sporting.

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As minhas 5 escolhas do Sporting 0/ Marselha 2

Avatar do autor Rui Pedro Barreiro, 12.10.22

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Cheguei a casa carregado de desilusão com o resultado do jogo. Já fui rever os lances capitais da partida e confesso que não entendo como um jogador experiente como Ricardo Esgaio, consegue em menos de dois minutos ter duas abordagens que ditaram dois amarelos e consequente expulsão, a somar à grande penalidade que determinou a história do jogo.

Erros individuais de jogadores e algumas escolhas controversas do nosso treinador contribuiram para nos deixar onde estamos. Chateados e algo desiludidos, mas nada está perdido. Isto é, dependemos só de nós.

Se queremos passar da fase de grupos, temos dois jogos para o fazer.

Um em Londres ( x Tottenham) e outro em casa ( x Eintracht Frankfurt).

Entretanto ainda jogamos para a Taça de Portugal fora e para o campeonato em casa.

Mas vamos às 5 escolhas que são o objectivo desta prosa. O primeiro destaque vai para Franco Israel (1), jovem jogador de 22 anos que esteve à altura do desafio colocado. Sofreu dois golos, mas foi um dos melhores do Sporting, talvez mesmo o melhor dos que jogaram os 90 minutos.

A minha segunda escolha vai para Francisco Trincão (2). Não entendo a sua substituição, dos 10 jogadores de campo foi um dos melhores e saiu. Qual terá sido a intenção de Rúben Amorim (RA)? Confesso que não ouvi a entrevista após o jogo e não sei se alguém perguntou porque razão tinha saído Trincão. Eu não percebi.

Terceira escolha, Sotiris Alexandropoulos (3), entrou numa equipa já em desvantagem, mas não se atemorizou e mostrou serviço. Foi guerreiro e pediu mais oportunidades.

A minha quarta escolha recai em Fatawu (4). Na última prosa sobre as minhas 5 escolhas perguntava se tinha que meter uma cunha ao RA para ver jogar Fatawu. Entrou na sequência da expulsão de Esgaio, substituindo Morita, para recompor a equipa. Deu o ar da sua graça e merece o meu destaque este jovem jogador Ganês de 18 anos, também reclamou mais oportunidades e merece o meu aplauso pelo que fez durante o jogo.

Para última escolha estive indeciso entre Gonçalo Inácio e José Marsà e acho que desta vez vou considerar um empate, em vez de 5, vou escolher 6. Gonçalo Inácio foi um jogador concentrado e tentou remar contra a maré, tem 21 anos e se jogasse noutro clube, seria elogiado abundantemente. Apesar de nem sempre ter sido feliz nos lançamentos longos, nunca desistiu e resistiu mesmo com 9 contra 11.

José Marsá, de 20 anos, entrou aos 35 minutos substituindo o lesionado Coates, e voltou a mostrar serviço e pede mais oportunidades. Estes jovens aguentaram a partida e não sofreram mais golos, numa segunda parte em que ficamos reduzidos a 9. Fico-me por aqui.

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Vem aí o jogo da Taça de Portugal com o Varzim e depois com o Casa Pia para o campeonato. Espero que Amorim aproveite bem este tempo antes do jogo em Londres para recuperar quem deve, escolha bem a equipa e a faça lutar pela vitória. Não basta planear bem, é preciso executar bem.

RA referiu antes do jogo com o Marselha que tínhamos que ser rigorosos e não podíamos cometer erros. Será que todos ouviram a mensagem no balneário? Espero que sim. Dependemos de nós. Se conseguimos ganhar os dois primeiros jogos, porque não conseguiremos ganhar os próximos?

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