Conversas Leoninas

Mais um jogo rumo ao Bi. Uma deslocação tradicionalmente difícil, mas que o Sporting soube transformar numa boa exibição em que o resultado pecou por escasso. Chegados ao intervalo, o melhor em campo era o guarda-redes do Famalicão que evitou dois ou três golos e manteve o nulo. Uma exibição globalmente positiva do Sporting, faltando apenas o golo para traduzir a superioridade evidente do Sporting, com uma elavada posse de bola, mais de 65% e um domínio total, com Franco Israel a ser um espectador. A propósito de destaque de jogadores devo, nesta primeira parte, realçar a boa exibição de Daniel Bragança. Encheu o campo e mostrou que é um grande jogador, não marcou mas jogou e fez jogar, rematando 10 vezes durante o jogo. Mais um jogador do Sporting a bater à porta da seleção nacional de Martinez! Na segunda parte, continuou o domínio que foi devidamente materializado. Para mim, destacaram-se dois jogadores, Francisco Trincão e Geovany Quenda. Deixo apenas estas estatísticas: Recorde na Liga Portuguesa, 33 remates, 13 deles enquadrados. Infelizmente, a lesão de Nuno Santos veio ensombrar este jogo. Que a recuperação seja a melhor possível. Força Nuno.

Mas vamos às 5 escolhas, algumas delas já acima referidas:

Gonçalo Inácio, continua a subir de forma, depois da lesão que o afastou da seleção e de alguns treinos, marcou o terceiro golo e nunca se deixou condicionar com o amarelo com que foi brindado. Grande exibição do central.

Geovany Quenda foi considerado o homem do jogo, o melhor em campo para muitos. Na primeira parte esteve menos exuberante e mais escondido do jogo, mas na segunda parte mostrou a todos a sua importância crescente neste Sporting. Esteve sempre ligado ao jogo e também aos golos, marcando o segundo numa demonstração de classe e oportunismo.  Os seus 17 anos não lhe retiram a classe que evidencia, tornou-se no mais jovem jogador do Sporting a marcar na primeira liga e é cada vez mais cobiçado pelos tubarões da europa do futebol.

Francisco Trincão também não marcou mas deu um festival durante o jogo, especialmente na segunda parte. Essa demonstração de classe teve efeito nos golos conseguidos pelos colegas. Um exemplo a jogar entre linhas. Espero que os golos voltem que ele merece.

Daniel Bragança, outro jogador que tem vindo a sentar no banco um dos seus colegas do miolo (Morita ou Hjulmand). A sua classe permite-lhe fazer vários papéis dentro do campo, como aconteceu com o Famalicão. Foi ainda o recordista dos remates num jogo (10). Uma sorte para nós, Sportinguistas, este esquerdino continuar a crescer, só Martinez parece não reparar. Força Daniel, continua a fazer-nos felizes.

Viktor Gyökeres, como não podia deixar de ser, voltou a ser decisivo no desbloqueio do resultado, marcando o primeiro golo, com gestos técnicos de grande qualidade. Um jogador essencial na manobra da equipa. Que assim continue, na frente dos marcadores e na frente do campeonato. A malta agradece.

O próximo jogo é já na terça-feira, rebemos o Nacional em Alvalade para a Taça da Liga. Força Sporting.

Numa semana que teve vários momentos evitáveis ( da viagem a Londres de Rúben Amorim aos problemas de Gyökeres que o tiraram do onze) o jogo não começou bem, com um mau alívio de Franco Israel acabamos por sofrer um golo totalmente desnecessário e que não devia ter acontecido. Certo é que ainda antes dos 10 minutos de jogo já estávamos a perder. Aos 30 minutos percebia-se facilmente a falta que Gyökeres faz no jogo, a colocação de Gonçalo Inácio como "ala" e Diomande a central à esquerda não funcionaram muito bem. Eu vi isto e, certamente, o nosso treinador percebeu isso ainda mais cedo. Provavelmente, digo eu, que terá percebido que o onze inicial deveria ter sido outro. Infelizmente, a posse de bola não chega e o resultado de 2 a zero ao intervalo era penalizador para o Sporting. Erros durante a semana e durante a primeira parte. Ao intervalo percebeu-se que Gyökeres iria entrar, mas a saída de Bragança eu não a previa. St Juste amarelado foi o segundo a sair entrando Quaresma no início da segunda parte, aos 51 minutos de jogo.Aos 61 minutos entraram Nuno Santos (que deveria ter entrado no onze inicial, na minha modesta opinião) e Morita, saindo Diomande e Paulinho, ficando a equipa muito mais próxima da que eu teria escolhido para começar o jogo. No último quarto de hora do jogo mantinha-se o resultado da primeira parte, apesar da melhoria clara do Sporting, ainda que insuficiente para dar a volta ao resultado. Perto do final, Gyökeres marca duas vezes, numa assistência de Nuno Santos e depois de Marcus Edwards, num minuto o resultado acabou por ficar com alguma justiça. Acabamos a jogar com 10, após uma expulsão forçada de Edwards, numa bela encenação de Galeno, com o VAR que enquanto árbitro não expulsou Di Maria após agressão a Pedro Gonçalves, e com o mesmo árbitro que para expulsar Pepe no jogo em Alvalade teve que ir ver a jogada, após chamada de atenção do VAR enfim, o habitual. Para mim, em condições normais poderíamos ter ganho este jogo. Vamos às cinco escolhas: Gyökeres, entrou no início da segunda parte e foi essencial para o empate final. A equipa está demasiado dependente deste extraordinário jogador, deixá-lo no banco é uma opção que diminui a acutilância da equipa. Foi o homem do jogo para a Sport TV. Nuno Santos demonstrou que deveria ter sido um dos onze desde o início. Não percebi esta opção de o deixar de fora do onze inicial e Nuno Santos mostrou isso mesmo com a sua exibição, nos 35 minutos em que esteve em campo. Hjulmand voltou a ser muito importante e merece estar nos 5 escolhidos.  Fez o jogo completo, encheu o meio campo e esteve na melhor fase do Sporting. Gonçalo Inácio foi colocado como "ala" esquerdo e tentou fazer o seu melhor, mas depois das alterações voltou ao seu lugar natural e ajudou a mudar a feição do jogo. Por último escolho Edwards, esteve pouco tempo em campo (5 minutos), mas foi decisivo para o resultado obtido, com uma assistência fundamental para garantir o ponto obtido. Se a exibição não foi a desejada, julgo que o onze escolhido e a forma (táctica e estrategicamente)  como abordamos o jogo não foi a correta. Espero que o nosso treinador tenha percebido o que deve fazer na final da Taça de Portugal, dia 26 de Maio.  Dia 4 de Maio temos jogo em casa, com o Portimonense, para ganhar. Força Sporting.

Mais um jogo em que não conseguimos marcar na primeira parte. O remate de Morita que passou perto do poste foi das poucas jogadas de perigo que causámos. O melhor da primeira parte foi Gonçalo Inácio. Chermiti foi amarelado pelo sempre anti-Sporting Manuel Mota. Rematamos 4 vezes, sem acertar na baliza, com 56% de posse de bola. Cometemos 6 faltas!

Na segunda parte só Pedro Gonçalves ameaçou com uma bola na barra. Sai Esgaio e entra Jovane (infelizmente muito mal no jogo), descaindo o entrado Trincão para a direita, o que deixou o Sporting com jogadores muito ofensivos, visto que Arthur, entretanto entrado, estava no corredor esquerdo.

Ugarte todo o terreno compensava na direita. Todavia, não se via a equipa render até que Chermiti faturou. Minuto 84, excelente passe de Gonçalo Inácio e o nosso jovem avançado marca, estreia absoluta a marcar pela primeira equipa do Sporting. Que seja o primeiro de muitos.

Num jogo em que o treinador tentou agitar, o resultado foi melhor que a exibição. Devo realçar as estreias de Bellerin e Diomandé, que Rúben Amorim quis ver em jogo nos minutos finais. Mas vamos recapitular as 5 escolhas: 

- Gonçalo Inácio, Manuel Ugarte, Jeremiah St. Juste, Pedro Gonçalves e Youssef Chermiti que também foi o escolhido como homem do jogo pela Sport Tv. Fizemos 14 faltas e levamos 3 amarelos, com 8 remates e 1 golo conquistámos os 3 pontos.

Agora vem aí o Porto. Um jogo para ganhar. Força Sporting.