Benfica 🦅 ou amnésia ou memória seletiva!
O vídeo(gif) abaixo serve para relembrar algumas pessoas convenientemente esquecidas de como se foi decidindo um campeonato de hóquei em patins na época passada. Recordar que, no dia a seguir, o Record deu medalha de ouro (!) a Nicolia, como se este lance não tivesse existido.
O derby de 1701-2024, como dissemos noutro tweet, teve de tudo. E foi um grande jogo. Mas também teve a polémica normal, erros de arbitragem, se eu quiser posso apontar erros da dupla espanhola à vontade. Erraram para os 2 lados, normal acontecer, e chega a ser quase comovedor e ridículo falar de “Cashball” numa partida europeia, ainda por mais com árbitros espanhóis que, se tivessem algum tipo de interesse em prejudicar alguém, seria em procurar o empate entre os 2 rivais, porque isso facilitaria a vida às equipas espanholas.
O benfica vai, para justificar o investimento brutal que tem feito, mantendo a sua retórica de uma partida de Alverca de 2016/17. Andam há 7 anos a queixar-se de um lance em que João Rodrigues marca no último minuto. Um lance confuso e muito rápido em que eu posso dizer que João marca com o corpo e outra pessoa qualquer pode dizer que marca com o stick. Não há imagens claras até hoje, até porque a própria posição da câmara não permite. Mas não deixa de ser engraçado que remetam toda essa partida a um lance, esquecendo tudo o que foi para trás.
A memória selectiva já vem ensinada por um Presidente que lá esteve 18 anos e que disse no tribunal que sofria de amnésia. Só nessa partida, em que o Sporting vencia 5-2 nos últimos 10 minutos, começaram a chover cartões azuis, penalties e livres directos contra os leões a torto e a direito. Basta aliás ver que, dos 5 tentos marcados pelo benfica, 4 foram de bola parada. E, melhor que tudo, a 12 segundos do fim houve novo azul e nova bola parada para eles, que Nicolia (o tal que se vem queixar hoje), desperdiçou. Já depois do golo anulado a João Rodrigues. Ou seja, já depois de serem “prejudicados”, ainda tiveram mais uma ajudinha.
O mesmo benfica que conseguiu “o milagre” de em 3 minutos virar, em casa, um resultado de 3-6 para 7-6 com a Oliveirense, poucos dias antes. Uma partida onde o próprio Tó Neves, treinador da UDO, acabou desesperado com a arbitragem. Só se lembram de um lance em Alverca mas não se lembram de como afastaram a Oliveirense da luta pelo título e como lhes foi permitido sonhar com o campeonato até ao último suspiro.
É muito giro reescrever a história para o lado que nos agrada. O problema é quando há quem se lembre do que aconteceu. Podem falar de Alverca as vezes todas que quiserem, Nicolia pode reclamar quantas vezes quiser (mesmo sem moral nenhuma para isso), quando ele próprio beneficiou de um livre directo a 12 segundos do fim, já depois do suposto “roubo”, para ganhar o título. Há múltiplas imagens nos últimos anos de claros benefícios ao benfica no hóquei em patins. Há vídeos de golos claros, de bolas que entraram claramente, e que os árbitros decidiram ignorar. A última das quais há uns meses contra o Tomar, um golo óbvio cuja repetição mostra que a bola está quase a meio da baliza.
Já há uns anos com a Oliveirense, também Marc Torra marcou um penalty a 30 segundos do fim que dava o 3-4 à UDO na Luz, a bola não só entra como bate na trave rasteira interior, e não foi considerado golo. Uma UDO que estava novamente a lutar pelo título.
Há vídeos e provas de tudo. O benfica queixa-se de árbitros estrangeiros como nós também nos podíamos queixar. Mas uma coisa nunca vão poder esconder e ignorar: Miguel Guilherme, árbitro de hóquei, a ver uma partida do seu benfica no meio dos seus adeptos, no jogo 3 da final do ano passado. Talvez seja por isso que gostam tanto de árbitros portugueses.
Por cada mentira que contarem e cada vergonha que ignorarem, nós estaremos cá para vos avivar a memória.
