Conversas Leoninas

Confesso que nunca me tinha visto neste papel. Senti uma enorme injustiça cometida relativamente ao meu clube. Escolher é sempre difícil, mas quando se usam critérios equilibrados e coerentes tudo se torna mais fácil, para perceber, para convencer, entusiasmar e unir em torno da seleção. Todos temos a nossa opinião, mas há escolhas que são, no mínimo, muito discutíveis e que não se baseiam no mérito. São 26 jogadores, muitos mais gostariam de estar presentes num palco internacional que valoriza jogadores e os coloca no topo da sua carreira, podendo contribuir decisivamente para o sucesso em clubes de grande craveira internacional. Todavia, Portugal tem atualmente uma das melhores seleções do mundo e ainda sobram opções!

Pessoalmente, confesso a minha decepção por verificar que só Gonçalo Inácio tenha merecido a chamada, segundo os critérios de Roberto Martinez. Temos na seleção muitos e bons jogadores, dois deles dos melhores do mundo, neste momento, Bruno Fernandes e Bernardo Silva que serão inquestionáveis no nosso onze, mas chegar à final é a nossa obrigação mínima.Todavia, Matheus Nunes e Ricardo Horta são duas ausências muito difíceis de entender. No nosso campeonato, Ricardo Velho, guarda redes do Farense, foi a revelação e merecia ser chamado se o mérito fosse o primeiro critério. Rui Patrício que eu aprecio foi relegado para o banco durante muito jogos, mas esta escolha será uma das menos polémicas, ainda assim estamos a falar de uma posição muito específica e cuja titularidade está entregue a Diogo Costa.

No caso de jogadores do Sporting há pelo menos mais 4 ou 5 que poderiam ser equacionados: Paulinho, Trincão, Nuno Santos e Pedro Gonçalves são os primeiros que aqui coloco. Estão em forma, são campeões, marcam golos, fazem assistências e as suas características são diferentes de outros jogadores.  Não é por ser do Sporting, mas a equipa campeã nacional só tem um jogador a merecer estar no Europeu?  Não me parece. Até Eduardo Quaresma tem potencial para ser um dos centrais da seleção. Todos os jogadores sabem da importância para as suas carreiras a presença nos grandes palcos. Espero que psicologicamente isto não os perturbe. Olhando para os 26 seleccionados continuo sem perceber os critérios e as justificações apresentadas e não entendo, de todo, a ausência de Pedro Gonçalves, considerando alguns dos convocados, que não apresentam tempo de jogo, assistências e golos marcados como este nosso jogador. Que mais terá que fazer para ser convocado? E não me digam que os jogadores não se sentem injustiçados e que isto não os afeta. Claro que afeta. Sentir a Seleção como nossa, de todos, também é uma obrigação do Selecionador Nacional. Infelizmente isso não aconteceu nesta convocatória agora revelada. Roberto Martinez poderia dizer que estes 26 são os que melhor definem o futebol que pretende que a seleção jogue. E estava no seu direito, afinal é ele o selecionador. Contudo, as inúmeras justificações, do "azar" até ao "tempo de jogo" e às "presenças" nas anteriores convocatórias, vieram por a nú as inúmeras incoerências apresentadas. Só temos um lateral de pé esquerdo (Nuno Mendes) convocado e  três de pé direito porquê? É claro que se podem fazer adaptações, mas era necessário? Oxalá eu esteja enganado nestas minhas inquietações e o Martinez certo no que fez e que sejamos campeões. 

Um ambiente fantástico. Fora do Estádio, nas bancadas, um otimismo contagiante e os prognósticos eram todos de vitória, no mínimo por 3 de diferença. E assim foi. Um jogo em ritmo baixo, mas sempre controlado pelo Sporting. Dois golos na primeira parte, Gyökeres, quem poderia ser, selou o resultado que se registava ao intervalo, Paulinho na segunda parte fechou o resultado final. Registe-se uma grande penalidade sobre Trincão que foi revertida e anulada e um golo de Gyökeres anulado também por intervenção do VAR considerando falta no início da jogada. Pessoalmente, não me pareceram boas decisões, mas como considero que com VAR é sempre melhor tenho que me "contentar". O último jogo do campeonato correspondeu a mais uma afirmação de vitórias em casa, de golos marcados em todos os jogos, de recorde de pontos obtidos e, principalmente, numa comunhão entre todos os Sportinguistas, bem vista na festa que se seguiu ao jogo. Registar também a ovação recebida pela equipa de hóquei em patins campeã europeia. Vimos duas taças, pois a de campeão também foi recebida em Alvalade, numa bela comemoração. Para coroar a noite um meteoro iluminou a noite e lembrou quem pudesse estar esquecido ou distraído que o Sporting Clube de Portugal se sagrou, uma vez mais, campeão de futebol em Portugal.

Vamos às escolhas: Viktor Gyökeres mereceu o troféu de melhor marcador e homem do jogo. Marcou e nunca deixou em paz os defesas adversários, sendo para todos os que viram o jogo, dos espectadores aos analistas, inequivocamente o jogador do campeonato. Continuando na frente, devo destacar Paulinho, entrou e marcou, numa grande época deste nosso avançado que marcou mais do que muitos com mais tempo de jogo. Nuno Santos é outro que mostra sempre a sua raça de leão e deixa tudo em campo, neste jogo voltou a ser um dos melhores, para mim seria sempre títular. Restam-me dois lugares para completar as 5 escolhas e uma delas vai para Gonçalo Inácio. Percebe-se perfeitamente a razão de ser um jogador essencial para o nosso treinador. Uma capacidade de passe acima da média acrescenta-lhe muito valor numa linha de 3 centrais. Por último destaco hoje Ricardo Esgaio, muitas vezes injustiçado, até por mim, voltou a fazer um jogo equilibrado e esteve numa assistência para um dos golos de Gyökeres. Confesso que gostaria de destacar outros jogadores, mas 5 são 5. Agora, vamos todos puxar pelo Sporting no Jamor, de forma a mostrarmos a nossa superioridade num jogo em que se vence a Taça de Portugal. Espero que a inspiração de Rúben Amorim, um jovem treinador cheio de valor, mas que também está a crescer e a aprender, permita derrotar o nosso adversário sem qualquer dúvida e que a arbitragem não incline o jogo. Força Sporting.

A tarde de sábado, após a consagração e os festejos, num estádio com lotação esgotada, cenário para mais um jogo do Sporting,  já Campeão, mas com objetivos a atingir. Foi um jogo morno, que valeu pela vitória, com 41 jogos seguidos a marcar, pelos recordes de vitórias e de golos (ainda falta o de número de pontos, fica para a semana com o Chaves). 20 remates, 9 cantos e um golo, o resumo do nosso jogo. Nuno Santos entrou e mudou o jogo fazendo a assistência para o golo de Paulinho (escolhido pela Sport TV como homem do jogo). Estes dois jogadores, entrados ao minuto 57, foram fundamentais para a nossa vitória. Faltam 3 escolhas e elas são: Diomande, intransponível, ajudou a que a estreia do nosso guardião Diogo Pinto (herói do público) corresse bem. Também Coates não permitiu qualquer perigo provocado pelo adversário, fez um jogo bastante competente, pena que os remates na área do Estoril não tenham dado resultado. A minha quinta escolha vai para Francisco Trincão, foi o único a animar o jogo nas duas partes e sempre mostrou vontade de marcar, não conseguiu, mas foi um perigo para o Estoril. Miguel Menino merece que o refira pela sua carreira nas camadas jovens e pelo prémio dado por Rúben Amorim que reforça o grupo de trabalho. Hoje, neste jogo, Esgaio e Pedro Gonçalves não ficam nas minhas 5 escolhas mas foram importantes para a consistência do Sporting, com bola e sem bola. Vem aí o Chaves para a festa em Alvalade. Força Sporting.

A homenagem a Manuel Fernandes merece o meu destaque inicial. Habituei-me a gostar do Sporting e de Manuel Fernandes, grande jogador, grande capitão. Força Manuel Fernandes e que o Sporting te dê alegrias e te ajude com as vitórias na tua luta.

Casa cheia em Alvalade, grande ambiente e muita vontade de ganhar. Quase 50 mil espectadores. No onze inicial, Esgaio no lugar de Geny que ficou no banco e Pedro Gonçalves a fazer a dupla de médios com Hjulmand. Minuto 9 aplauso dos espetadores para Manuel Fernandes, que grande homenagem.

Ainda antes do minuto 13, Paulinho marca de pé direito, depois de assistência de Nuno Santos. O tempo foi passando, muitos cantos, mas aos 35 minutos nada de novo no jogo. Ao minuto 36 Paulinho remata ao poste de cabeça, na sequência de mais um canto. O guarda-redes do Portimonense foi conseguindo evitar o golo do Sporting por diversas vezes com defesas de grande qualidade.

No fim da primeira parte, a estatística do jogo era demolidora com uma vantagem total para o Sporting. Posse de bola 65%,  14 remates,  11 cantos. Golos apenas 1. De acordo com o Sofascore, no Sporting, acima da média estavam Diomande, Coates, Inácio, Esgaio, Nuno Santos , Trincão e Paulinho.

As substituições começaram a ser necessárias e ao minuto 67 saídas de Esgaio e Pedro Gonçalves e entradas de Geny Catamo e Daniel Bragança. Aos 69 minutos Trincão marca com assistência de Paulinho. Estava feito o 2 a zero. Minuto 80 mais duas substituições, entraram Morita e Eduardo Quaresma, com as saídas de Hjulmand e Diomande. Aos 88 minutos saiu Nuno Santos ( um dos melhores ) e entrou Matheus Reis. Já nos descontos marca Gyökeres, com assistência de Bragança, depois de um excelente passe de Gonçalo Inácio. 16 jogos em casa, 16 vitórias. As minhas 5 escolhas: Daniel Bragança, entrou e deixou a sua marca, um grande jogador a crescer a olhos vistos. Gonçalo Inácio, na sua posição a mostrar porque razão tem lugar na seleção nacional. Francisco Trincão, mais um golo e uma boa exibição. Paulinho, marcou e assistiu, foi o homem do jogo para a Sport TV. Finalmente, Nuno Santos, para mim o melhor em campo, um jogador de fibra que fez uma grande exibição, que pena o selecionador não olhar para ele.

O próximo jogo é no Estoril. Força Sporting. Será que amanhã vamos festejar?

Gyökeres, Paulinho, Hjulmand, Catamo e Israel são as minhas 5 escolhas.

Um jogo que contou com a vitória na primeira mão e em que apesar da exibição o resultado foi o que era necessário para nos levar à final da Taça. Mexeu muito bem na equipa o nosso treinador Rúben Amorim.

Nos 5 escolhidos só incluí um dos suplentes que entrou no jogo, mas St. Juste e Matheus Reis também entraram bem. Gyökeres foi sempre perigoso e acertou no poste, numa jogada que daria um excepcional golo. Deu sempre trabalho aos defesas do Benfica e espero que marque no próximo. Paulinho marcou o segundo golo e apesar de nem sempre ser brilhante, batalhou, falhou, lutou e deixou tudo em campo.

Hjulmand, talvez o melhor jogador do Sporting, marcou um belo golo  depois de uma assistência de Gyökeres, e esteve na defesa, no meio campo e na frente, um enorme pulmão e um grande espírito de luta. Geny Catamo mexeu com o jogo, foi essencial para o resultado final e colocou a defesa adversária em sentido. Franco Israel sofreu dois golos mas fez uma boa exibição, com duas defesas de grande qualidade a evitarem golos do adversário. Deu uma boa resposta aos problemas que teve em jogos anteriores, espero que se mantenha em bom nível, designadamente no próximo sábado. 

Em resumo, não foi um dos melhores jogos do Sporting, mas considerando que esta eliminatória é a duas mãos somos uns justos finalistas. Agora vem aí mais um jogo muito importante no sábado, espero que o resultado e a exibição nos permitam alargar a diferença de golos, consolidando a liderança neste campeonato. Força Sporting.

Mais um jogo para ganhar. E o resultado foi conseguido na primeira parte. Depois dos vizinhos terem ganho com uma arbitragem caseira (3 grandes penalidades que não conseguiram concretizar e muitos amarelos para a equipa adversária que condicionaram a sua prestação) e uma exibição abaixo do exigível, a nossa vitória era a única resposta. E assim foi. Apesar de sofrermos o primeiro golo numa jogada em que Franco Israel não esteve nada bem, mas conseguiu, mais tarde, ainda na primeira, parte ter a sua redenção, ambas as jogadas na sequência de cantos, situação a rever nos treinos! Trincão esteve ligado aos 2 golos e a algumas jogadas de perigo, a equipa nunca se desuniu e não se mostrou ansiosa. O nosso treinador, Rúben Amorim, fez uma boa gestão do plantel e mexeu ao intervalo muito bem, fazendo entrar Gonçalo Inácio para o lugar do amarelado Matheus Reis. O resultado não se alterou e as restantes mexidas na equipa serviram para gerir fisicamente os jogadores.

As minhas 5 escolhas são: Francisco Trincão, Nuno Santos, Daniel Bragança, Gyökeres e Paulinho.

Trincão foi o homem do jogo. Esteve em grande, ligado aos dois golos, a mostrar a razão de merecer a seleção nacional, com magia no pé esquerdo, cruzou para Paulinho marcar o primeiro e fez o remate que deu origem ao golo de Nuno Santos na recarga. Nuno Santos  foi, sem dúvida, um jogador sempre presente e a reclamar a atenção do selecionador, defendeu, atacou e marcou numa recarga super oportuna. Daniel Bragança substituiu Hjulmand e conseguiu ajudar a equipa. O capitão mostrou que é importante a atacar e a defender, especialmente no meio campo adversário e o seu entendimento com Morita foi muito útil. Gyökeres mostrou a sua importância  mesmo quando não marca. A defesa do Estrela que o diga e os colegas beneficiaram do seu trabalho em prol da equipa, arrastando jogadores adversários e libertando espaço para que outros marquem. Paulinho é um dos que beneficia do trabalho do colega de equipa, marcando um golo de cabeça e dando a agressividade ao ataque do Sporting que é muito importante, por isso figura nas minhas 5 escolhas. Agora vem aí um Abril cheio de jogos, dois deles contra os rivais, que podem decidir o campeão e o finalista da Taça de Portugal. Força Sporting.

Viktor Gyökeres, Paulinho, Nuno Santos, Daniel Bragança e Ousmane Diomande são os meus escolhidos neste jogo. Começamos mal, logo a sofrer um golo no início, mas conseguimos marcar na primeira parte, na sequência de uma assistência de Paulinho, Gyökeres marca o seu primeiro dos 3 que concretizou. Um extraordinário jogador, essencial para a qualidade de jogo e que faz esquecer que o Sporting tem poucas soluções para a frente de ataque. O segundo golo do Sporting surge depois de uma excelente assistência de Geny Catamo para Paulinho marcar o seu primeiro. Gyökeres, assistido por Nuno Santos faz o 3 a 1 e volta a marcar e a colocar o Sporting a ganhar por 4 a 1, na sequência de uma grande penalidade a partir de uma boa intervenção do VAR e uma má decisão anterior do árbitro. O desafio em Alvalade parecia sem mais história, mas o nosso treinador e os nossos jogadores continuaram a procurar o golo, tendo Gyökeres retribuido a assistência e Nuno Santos inscreveu também o seu nome na lista dos marcadores. Nuno Santos é um extraordinário jogador que merecia ir à seleção nacional, não se entendendo a sua ausência desta convocatória. Já no fim do jogo Paulinho fez o segundo golo com mais uma assistência de Nuno Santos. Resta acrescentar que Daniel Bragança entrou muito bem no jogo, a substituir Hjulmand, e mostrou toda a sua categoria e o seu excelente pé esquerdo. Diomande também mereceu o meu destaque, sendo bastante consistente e muito lutador em todas as zonas do campo. Quem dera que todas as posições da nossa equipa estivessem tão bem servidas como a defesa. Foi uma goleada, uma boa exibição e a continuidade na frente do campeonato, nesta jornada 26, que deixa o título a depender só de nós nesta paragem para os compromissos da seleção nacional. Força Sporting.