As condições de recompra das VMOCs têm implicações que merecem ser referidas.
PortugaLion, 28.12.23
Ponto final numa "ferramenta" que serviu de escapatória à incompetência de sucessivas direções, e que foi um autêntico garrote durante os últimos dez anos da vida do clube. As condições de recompra das VMOCs têm implicações que merecem ser referidas.
1. O Sporting paga 15,4M por VMOCs cujo valor nominal eram 51,4M, ou seja, há um desconto de 70% sobre o seu valor original. ▼
2. Como contrapartida, o Sporting reembolsa a totalidade da dívida bancária ao Novo Banco, no valor de 35,4M. ▼
3. Para financiar esta operação, o Sporting antecipou 50M de receitas dos contratos da NOS. Os juros serão, obviamente, mais altos do que os dos empréstimos, mas o desconto obtido compensa em muito esta questão. ▼
4. O Record refere que existe "uma componente destinada a liquidez (...) em torno dos 15M", mas não me parece que faça sentido. Para isto ser verdade, a liquidação dos 35M de dívida do Novo Banco teria também de ter desconto, o que me parece altamente improvável. ▼
5. A intenção de abrir portas a um acionista minoritário é um passo natural, mas a escolha deve ser cuidadosa. Os benefícios não se devem esgotar no valor investido na compra da participação na SAD, o mais importante é aquilo que poderá trazer para o SCP nos anos futuros. ▼
Para terminar, a direção de Varandas está de parabéns por ter concretizado este importantíssimo passo para o futuro do clube.
Ter-se recorrido ao factoring não lhe retira mérito, porque foi preciso primeiro melhorar as contas da SAD. Sem isso, não haveria factoring que nos valesse.
Adenda: esta operação envolve uma atualização do preço inicialmente acordado com o BCP, que implica um custo adicional de 9M às VMOCs que já tinham sido adquiridas.