Conversas Leoninas

Este era mais um jogo que o Sporting tinha que ganhar. E ganhou. Apesar da posse de bola ter sido muito baixa, fomos competentes para conseguir atingir o objectivo principal.

Na primeira parte, aos 19 minutos, Trincão abriu para Matheus Reis que cruzou para Gyökeres e este fez o que tão bem sabe, marcando o primeiro golo do desafio.

Rúben Amorim mexeu bem na equipa. Ao intervalo fez entrar Gonçalo Inácio, saindo Eduardo Quaresma, aos 67 minutos colocou Paulinho e St. Juste, saindo Francisco Trincão e Coates. Aos 77 entra Daniel Bragança para o lugar do desgastado Morita, aos 90 minutos entra Nuno Santos para a saída de Pedro Gonçalves.

Importa dizer que o Arouca valorizou a vitória do Sporting e nunca deixou de incomodar a nossa equipa.

Franco Israel foi fundamental para manter a baliza inviolada. Devo aqui destacar o apoio que veio das bancadas, com um ambiente que ajuda a levar o Sporting ao título.

Vamos  às minhas 5 escolhas: Gyökeres mostrou a sua raça, com um golo e uma assistência voltou a ser determinante nos 3 pontos conquistados, um verdadeiro atleta que corre, assiste, marca, e que dá gosto ver jogar, mesmo quando falha o golo. 

Morten Hjulmand é fundamental para o equilíbrio do futebol do Sporting, num relvado pesado e muito irregular conseguiu ser fundamental nas mudanças de flanco e na rapidez da equipa, marcou a passe de Gyökeres já no final do jogo.

Matheus Reis foi importante na dinâmica da equipa e ajudou a criar algumas jogadas de perigo para além da assistência que fez para o primeiro golo.

Geny Catamo marcou um belo golo, o segundo, e foi sempre quem teve bola, uma seta apontada à baliza e quem marca merece ser destacado. Também quem defende e mantém a baliza sem sofrer golos como Franco Israel merece entrar nas minhas escolhas. Tão criticado que foi no último jogo, merece que o destaque desta vez. 

Agora vem aí a Atalanta e, em Bérgamo, teremos que ser muito competentes para ultrapassar este adversário. Que a inspiração do nosso treinador e dos nossos jogadores nos alegre a semana. Força Sporting.

♦ Um jogo da Taça com um adversário da quarta divisão portuguesa, a jogar em casa, adivinhava-se uma "partida" fácil, apesar de alguns dissabores que já tivemos no passado. Num domingo à tarde, a convidar a família a deslocar-se ao estádio, mas em que se podia ter dado um presente aos sócios e principalmente aos detentores de gamebox, garantindo uma boa moldura humana. Infelizmente, tivemos uma assistência ( cerca de 18 mil) mais baixa do que poderíamos ter, espero que em próximas situações se tenha isso em conta.

♦ Mas vamos ao jogo em si. Realçar a entrada de Luis Neto e as nuances táticas que o nosso treinador usou, para além da marca do número de jogos de Sebastián Coates.

♦ Uma primeira parte morna, com o Dumiense bem arrumado no campo, mas sem colocar a nossa baliza em perigo, com uma ausência de remates enquadrados que fez de Franco Israel um espectador. Ainda cedo, na sequência de um canto marcado por Nuno Santos, Neto abriu o marcador com um excelente "golpe de cabeça" e descansou as hostes Sportinguistas.

♦ Sem grande brilhantismo no jogo aumentamos o "score" na sequência de um canto, mais uma vez marcado por Nuno Santos e com toque de cabeça de Matheus Reis no primeiro poste, concretizado por Paulinho a fechar a contagem da primeira parte.

♦ Na segunda parte, entramos bem mais mexidos, veja-se o caso de Trincão que marcou mal recomeçou o jogo e conseguimos marcar o quarto por Coates e, novamente, por Paulinho ainda antes dos 60 minutos.

♦  A ganhar por 5 a zero RA faz entrar Gyokeres que assiste Paulinho para o seu terceiro golo, sofre uma grande penalidade marcada com grande classe por Nuno Santos e fecha a contagem com mais um golo que mostrou a sua qualidade.

Vamos às escolhas: Inequivocamente,⭐Nuno Santos, três assistências na sequência de cantos superiormente marcados e um golo, uma grande exibição (poderia ser o homem do jogo) que deveria ser vista por Roberto Martinez.⭐Paulinho, 3 golos com nota artística e a fazer com que o seu recorde de golos ao serviço do Sporting deva ser atingido esta época.⭐Gyokeres, pouco tempo em campo, o suficiente para mostrar a sua importância neste Sporting, uma assistência para o golo de Paulinho, um penalty sofrido e um golo.Que grande meia hora!

Restam-me duas escolhas e confesso que teria vários candidatos, mas ⭐Hjulmand encheu-me as medidas, tendo o seu cruzamento para mais um golo de Paulinho sido um dos pontos altos da sua boa exibição. Por último destaco⭐ Luis Neto, não só abriu o marcador como fez uma exibição sem mácula e a demonstrar que podemos contar com ele.

Agora segue-se Bergamo. Espero que estes 8 golos sirvam de inspiração para a nossa vitória no jogo de quinta-feira com a Atalanta. Força Sporting.

Hoje iniciou-se a viagem europeia desta época do Sporting, numa deslocação à Aústria. A importância de ganhar este jogo era evidente. Entramos mal no jogo, muito lentos e principalmente a deixar correr o jogo. Não adianta ter posse de bola se não acertas na baliza. Zero remates enquadrados resumem a nossa prestação na primeira parte do jogo. O mau relvado não justifica tudo.

Entramos melhor na segunda parte, mas o guarda-redes adversário foi chegando para as encomendas, até que sofremos o golo em contra-ataque, num primeiro remate ao poste e com uma recarga vitoriosa, infelizmente para nós. Depois do golo sofrido poderíamos ter marcado, mas não fomos competentes e uma vez mais o gigante que guarda a baliza da equipa adversária impediu a igualdade em Graz, já com Nuno Santos e Pedro Gonçalves em campo.

A magia de Pedro Gonçalves e o faro de golo de Viktor Gyökeres conseguiram fabricar a estreia do nosso jogador sueco a marcar na Liga Europa. Diomande fez-nos gritar de alegria ao marcar o segundo golo do Sporting, apesar de a bola parecer ter tocado em Coates. O resultado final foi muito importante, a primeira vitória na Aústria, e os primeiros 3 pontos nesta caminhada europeia.No final, 7 remates enquadrados e 2 golos, 10 faltas e um amarelo (veja-se a diferença para o campeonato português).

Vamos então listar as minhas 5 escolhas:

Sebastien Coates, Ousmande Diomande,  Daniel Bragança, Viktor Gyökeres e Pedro Gonçalves.

Não podemos dar uma parte de avanço com fizemos neste jogo. Vitória da melhor equipa em campo. Próximo jogo, segunda feira em Alvalade, com o Rio Ave. Força Sporting.

Começámos em Braga. Ainda estávamos com Porro e Matheus Nunes, o Sporting poderia ter saído da "Pedreira" com os 3 pontos, o resultado final (um empate a 3), conseguido pelo Braga quase a fechar o jogo, ditou o que seria a nossa época.

Erros individuais e colectivos (lembro-me de golos incrivelmente falhados por Paulinho e Trincão e os falhanços de Coates e Esgaio), mexidas na equipa promovidos por Rúben Amorim que não funcionaram (a título de exemplo, a substituição de Porro por Esgaio contribuiu para o empate na fase final do jogo), deixaram 2 pontos, tendo entrado no campeonato como não queríamos e, infelizmente, estes defeitos repetiram-se ao longo da época. É certo que havia muito campeonato pela frente, mas este jogo foi um pouco a matriz da época, jogamos melhor, dominamos, tivemos mais posse de bola, mais oportunidades, mas não ganhámos.

5 empates e 6 derrotas deram-nos 74 pontos, 71 golos marcados e 32 sofridos ( 39 golos positivos). No ano em que fomos campeões, marcamos 65 e sofremos 20 (45 golos positivos). Não podemos esquecer os adversários e as suas eventuais melhorias, mas ficámos aquém dos serviços mínimos.

As derrotas com Chaves em casa e com Marítimo, Arouca e Boavista fora, correspondem a 12 pontos, se acrescentarmos os 6 pontos perdidos em Braga, Arouca e Barcelos, estamos a falar de 18 pontos, ou seja, não foram os empates com o Benfica ou as derrotas com o Porto que nos afastaram do sucesso.

Fomos à final da Taça da Liga (com o Porto e perdemos o jogo em Leiria), jogámos bem e fomos claramente prejudicados pela arbitragem em várias decisões de João Pinheiro, sempre estranhamente infeliz com o Sporting, prejudicando-nos habitualmente.

Na Taça de Portugal fomos bem eliminados pelo Varzim, ainda tínhamos Porro e jogaram quase todos os jogadores mais utilizados. A equipa não funcionou e para além do mérito do adversário deu a ideia que colectivamente não estivemos lá, com responsabilidades dos jogadores, mas também da equipa técnica.

Uma nota pessoal, o regresso de Daniel Bragança, espero que seja um grande reforço nesta nova época 2023/2024.

Em resumo, temos que melhorar na próxima época e perceber que todos os jogos contam e não podemos ser "bipolares", designadamente jogando como grandes com os grandes e depois deixar andar com os outros que deveríamos dominar. Confio em Rúben Amorim, apesar desta época ter notado que, quer nas mexidas na equipa no decurso do jogo quer nas suas declarações, não esteve tão bem como em épocas anteriores. Muitas vezes o nosso treinador falou de matérias que não precisaria de falar, provavelmente seria bom que se concentrasse exclusivamente nos aspectos técnico tácticos, mas eu quero é que consiga  melhorar a nossa "perfomance" coletiva.

A teimosia pode ser uma qualidade, mas aprender com os erros e reconhecer os mesmos é essencial para não voltar a errar. Não sei se alguns problemas pessoais ou de relacionamento interno terão afetado o seu desempenho ao longo da época, mas desejo vivamente que a estrutura do Sporting lhe proporcione todas as condições de forma a reduzir os erros e a potenciar toda a sua qualidade já demonstrada.

Ao Presidente e restante estrutura diretiva desejo boas decisões que permitam trazer as tão almejadas vitórias, a competitividade e o aumento do público no estádio e no pavilhão.

Força Sporting

Mais uma convocatória do novo selecionador nacional. O princípio deve ser selecionar os melhores, penso eu. Mas não é isso que acontece. A ausência de Nuno Santos e Pedro Gonçalves é totalmente incompreensível.

Se olharmos para as estatísticas não percebemos, se olharmos para as necessidades da seleção também não. Será que é necessário estes extraordinários jogadores sairem do Sporting para passarem a ser escolhidos para representar a seleção nacional?

Nuno Mendes está lesionado. Há algum jogador melhor do que Nuno Santos para substituir Nuno Mendes? Não me parece, mas o selecionador não concorda.

Quanto a Pedro Gonçalves, seja a médio ou a avançado, quer Renato Sanches, quer João Félix apresentam números muito piores do que o nosso Pedro Gonçalves.

Esta seleção começa a não ser a nossa.

Estas escolhas começam a ser totalmente incompreensíveis. Como já vi escrito, começa a parecer haver um lado negro nestas convocatórias.

 Para já, não quero embarcar na teoria de um braço oculto nas escolhas, mas como as bruxas, parece que há alguma coisa esquisita nestas escolhas. Oxalá esteja enganado.

A seleção nacional é o expoente máximo para qualquer jogador, e deve ser um orgulho representar o país.

Sobre as renúncias de Rafa e João Mário não irei escrever agora, mas confesso que não gosto desta banalização de não estar disponível para representar o país.

Por fim, deixo a minha posição pessoal, cada vez mais esta não é a minha seleção, oxalá esta sensação não se prolongue e haja capacidade de ver onde estão os melhores. 

Rui Barreiro, antigo conselheiro leonino, encara próxima época como "uma oportunidade" de voltar a competir pela I Liga. "Goleador" é prioridade, Bragança é "reforço de peso".

Foto: Tiago Petinga/Lusa

Rui Barreiro, antigo conselheiro leonino, recorre à época de chegada de Rúben Amorim para ilustrar que a ausência da Liga dos Campeões na próxima temporada “não pode ser entendida como uma fatalidade”.

Quando o técnico assumiu a liderança dos leões, a equipa também terminou em quarto lugar e “no ano seguinte foi campeão”. Barreiro mantém-se “otimista” e “acredita que, quer a direção, quer a equipa técnica aprenderam com o tempo e vão preparar a equipa de forma que seja competitiva e possa ser campeã”.

“Se fossem os orçamentos a ganhar competições, provavelmente o Braga não seria terceiro. A ausência da Liga dos Campeões não pode ser entendida como uma fatalidade, mas como uma oportunidade de mostrar capacidade”, diz, a Bola Branca.

Sobre Rúben Amorim, Rui Barreiro entende que o técnico é “quem conhece melhor o Sporting e as suas necessidades”, fazendo sentido a continuidade. Ainda assim, o clube não pode ser encarado como “Amorim ou o caos”.

Ugarte, Edwards ou Inácio podem equilibrar contas

Tendo por base as limitações financeiras ditadas pela ausência da Liga dos Campeões, Rui Barreiro admite uma “provável saída” do “núcleo duro” da equipa. Nesse capítulo, avança três nomes com mercado: Manuel Ugarte, Marcus Edwards ou Gonçalo Inácio.

“O ideal, para os sportinguistas e para o Rúben Amorim, era que nenhum deles fosse vendido. Se algum tiver de ser, que seja, mas que haja capacidade de ter alternativas que o sejam realmente”, aponta o antigo conselheiro leonino.

No que toca a entradas, Barreiro aponta um jogador que já pertence aos quadros de Alvalade: Daniel Bragança. O médio será “um reforço de peso”, mas não poderá ser o único, já que falta “um goleador”.

“É importante que o Sporting, como candidato ao título, tenha um jogador que marque 15 ou 20 golos por época. Se sair Ugarte, então também será necessário olhar para o meio-campo, mas depende muito da capacidade orçamental e da utilização de jovens”, afirma, em entrevista à Renascença.  

Pedro Castro Alves da RR

Mais um jogo em que era obrigatório ganhar. Mais um jogo em que vencemos. Mais um jogo em que jogamos mal e em que a resposta dos jogadores e da equipa técnica ficou aquém do exigido para um clube como o Sporting.

Parecia que alguns jogadores já estavam de férias, lamento dizê-lo. Não sou de assobiar a nossa equipa e os nossos jogadores, mas tenho que confessar que durante o jogo várias vezes senti vontade de reclamar com a prestação que nos estava a ser oferecida.

A equipa de arbitragem também não esteve bem. Na primeira parte sofremos um golo, no único remate à baliza e depois de um deslize de Coates que até não esteve mal no jogo. Eu diria que ao intervalo Bellerin e Trincão eram os homens menos e Arthur Gomes o homem mais.

Todavia, Rúben Amorim retira do jogo no início do segundo tempo Arthur Gomes, Matheus Reis e Hector Bellerin, mantendo Trincão que acabou por sair aos 58 minutos. Entraram Gonçalo Inácio, Hidemasa Morita, Nuno Santos e Fatawu e aos 64 minutos entrou Esgaio e saiu Diomande. Não entendo, quando se quer ganhar o jogo, certas entradas de jogadores defensivos e a manutenção de Rochinha no banco.

As minhas 5 escolhas recairam em Arthur Gomes, Pedro Gonçalves, Coates,  Paulinho e Fatawu.

Deixo Nuno Santos de fora, porque são 5, se fossem 6, ele lá estaria. Começando pelo jovem Ganês, diria que fez esquecer Trincão e mostrou que pode ter mais oportunidades, apesar de nem tudo lhe correr bem, a raça e a capacidade individual foram decisivas para a sua boa exibição.

Paulinho, apesar de muito só, foi batalhador e deu sempre a cara à luta, após a expulsão de Adán, foi para a baliza. Coates ficou ligado ao golo, mas não deixou que esse lapso o influenciasse negativamente e privilegiou a equipa, acabando por fazer o golo da vitória após cabeceamento de Paulinho.

Pedro Gonçalves abriu o ativo (apesar do desvio num jogador adversário, para mim o remate para golo foi do nosso jogador), começou a médio, tendo na segunda parte subido no terreno, continuou a mostrar a sua importância nesta equipa, independentemente de jogar a médio ou a avançado.

Alguns destes jogadores, com uma exibição paupérrima, não mereciam jogar o clássico contra o Benfica que aí vem. Oxalá o Braga perca pontos e o Sporting consiga preparar-se convenientemente para o jogo que vai encher Alvalade no próximo domingo. Força Sporting.