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Conversas Leoninas

Artigos de opinião sobre o Sporting CP e outros destaques, por Rui Pedro Barreiro.

Artigos de opinião sobre o Sporting CP e outros destaques, por Rui Pedro Barreiro.

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1. Unidos.
Exibição de sacrifício, frente a um rival mais forte e que fez sofrer. Equipa unida em torno de um plano de jogo, a acreditar em poder fazer a diferença nos detalhes. Noite colectiva importante.

2. 0 5–2-3 de Rúben Amorim.
Nenhumas surpresas num 11 que procurou anular, ceder a iniciativa e esperar a bola para surpreender. Matheus Reis à largura para marcar Saka, St. Juste atento às dobras, Paulinho próximo dos médios centrais. Ofensivamente, Pedro Gonçalves subia e a equipa pedia a Edwards para ser o factor X.

3. O 4-3-3 de Mikel Arteta.
Equipa muito personalizada, com movimentos com e sem bola muito atípicos (o mais evidente, a posição de Zinchenko em fase ofensiva). Sem um 9 típico, colocou 3 em zona ofensiva central, abrindo Nelson e Saka nas alas. Sem bola, pressionante, deixando 3x3 atrás.

4. Jogar na expectativa.
É raro poder ver o Sporting especular sem bola (uma estratégia que sofre tantas vezes). Mas é com as diferentes estratégias que se aproximam equipas com recursos diferentes  e  promovem  a paixão pelo futebol. As inspiração e transpiração são os ingredientes principais para que tudo seja possível.

5. Limitações.
O modelo de Amorim exige muito dos seus jogadores. A distância nos apoios dá importância extrema à capacidade de reter a posse, os 3 defesas centrais são obrigados a sair em contenção muito rápidamente e os médios centrais obrigados a encurtar com a mesma rapidez. Não há rede, e há um desgaste enorme.

6. Ritmo e confiança.
Mesmo que a prioridade do Arsenal seja outra, quem está bem - física e psicologicamente - quem acredita no seu modelo, está mais próximo de ganhar. Não precisam de estar todas as 1ªs figuras, porque quem entra está fresco e quer mostrar serviço para os jogos decisivos que se avizinham.

7. Poder acreditar.
É certo que o rival conserva grande favoritismo, mas a exibição permitiu mostrar à equipa que se pode levar a eliminatória para os detalhes. Porquê? Porque se deu a volta, porque se soube sofrer, porque se tem qualidade, porque o futebol permite estas alegrias.  Mas será necessário correr o dobro.

8. O momento.
As boas exibições colectivas raramente surgem por mero acaso. Algo que tem marcado esta temporada tem sido a capacidade da equipa se reerguer depois de levar pancada. Mas é lógico ser mais fácil ter confiança, quando o momento é largamente positivo. Tem faltado  alguns detalhes e este jogo não foi excepção.

9. Aspectos a melhorar.
É nas dificuldades que se aprende mais e o jogo de hoje tirou 3 pontos a melhorar:
- A capacidade de encontrar um médio central de frente para o jogo;
- A capacidade de fazer participar os alas na construção;
- E a importância de bloquear o rival, quando a pressão é feita a 3.

10. António Adán.
Tem sido, a meu ver, criticado de forma injusta, não pelos erros que cometeu, mas por se ignorar o contexto em que os mesmos foram cometidos. Fez uma exibição soberba, fazendo o difícil parecer fácil. Merece muito respeito pelo jogo que fez e pela sua qualidade com cômputo geral.

11. Em suma.
Um empate justo e injusto, num jogo que poderia ter corrido melhor, mas também pior, e em que o Sporting, o seu treinador e jogadores deixaram bem expresso, o valor que têm, por vezes de cortar a respiração. Será preciso redobrado espírito colectivo para voltar à terra no domingo.

 

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As minhas 5 escolhas do Sporting 2/ Arsenal 2

Avatar do autor Rui Pedro Barreiro, 09.03.23

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A caminho de Alvalade a minha convição era a de ir encontrar um adversário muito difícil. As opiniões mais frequentes eram as que diziam que o empate seria um bom resultado. Confesso que depois do jogo fiquei insatisfeito com o resultado.

A nossa habitual ineficácia e, pelo menos, uma decisão muito infeliz do árbitro, marcaram o resultado final, sendo que o Sporting fez um bom jogo e poderíamos ter ganho. Paulinho falhou escandalosamente o terceiro golo, mas mesmo na primeira parte, tivemos 2 oportunidades soberanas de nos adiantarmos no marcador.

O pior foram os cartões a Coates e Morita que os afastam do próximo jogo, mas a nossa equipa está de parabéns. Não percebi a saída de Francisco Trincão e a entrada de Nuno Santos, julgo que a equipa não melhorou com essa mexida.

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Vamos às 5 escolhas:

Começo com Ousmane Diomande, entrou tarde na minha opinião, mas mostrou muita qualidade e merece este meu destaque.

Também Marcus Edwards fez um bom jogo, só manchado pelo golo que poderia ter marcado, mas fez exibição de nível muito alto fazendo aumentar a sua cotação em terras de sua majestade.

António Adán também merece estar nas minhas 5 escolhas, especialmente pelas defesas na segunda parte, tendo sido decisivo em várias ocasiões.

Faltam duas escolhas e são dois jogadores da nossa defesa a 3. Falo de Jeremiah St.Juste e de Gonçalo Inácio. O primeiro que também jogou a ala pela direita e foi decisivo num corte que evitou um golo e o segundo que "faturou"o primeiro golo com um belo golpe de cabeça, na sequência de um bom canto marcado por Edwards.  Muito boa exibição dos dois.

Espero que o novo selecionador nacional tenha visto o jogo com atenção. Agora vem aí o Boavista em Alvalade, antes da deslocação a Londres. Força Sporting.

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