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Conversas Leoninas

Artigos de opinião sobre o Sporting CP e outros destaques, por Rui Pedro Barreiro.

Artigos de opinião sobre o Sporting CP e outros destaques, por Rui Pedro Barreiro.

“Às Terças escrevo eu” - por Rui Ferreira

Avatar do autor PortugaLion, 20.03.24

Uma questão de xadrez
Sporting 6  Boavista 1

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Sportinguistas,
 
◼︎ Escrevo esta “redação”  nesta terça-feira em que se comemorou o dia do pai, e tal como no jogo, aplaudiu-se a todos os pais em geral e aos que transmitem a cultura leonina, em particular.
As minhas habituais saudações leoninas e o desejo de que não se esqueçam de dar aos filhos logo à nascença (ou em fase de crescimento), o honroso presente de torná-los sócios. O Sporting agradece, a família cresce, os pais ficam orgulhosos e os filhos felizes. Fica a sugestão.
 
◼︎ Quase 40.000 adeptos presentes no estádio no passado domingo, com o Sporting  de volta ao campeonato, retomando o trilho das vitórias e a fluidez do excelente “discurso” futebolístico.
 
◼︎ Precisamos de estratégia para vencer um Clube que arrasta na sua primeira pele, um tabuleiro de xadrez, e, porque de estratégia se trata, havia então de se colocar todas as peças no dito e avançar sem medo.
Sem medo, porém com cautela, pois ao mínimo descuido, um “peão” axadrezado avançaria e faria  o “xeque-mate” ao Rei Leão.
 
◼︎ Pois é, decorriam 3 minutos e 27 segundos, o Boavista marcava, e num ápice toca a campainha: quem é? perguntam em uníssono as “almas” do Sporting que exaltam fantasmas!!…é o “Bispo”!!! responde o Sr.Nobre, para dizer ao que vem, e que nesta jogada não teve influência alguma.
 
◼︎ O aviso estava dado, e de facto o golo deveu-se a uma má decisão da retaguarda do tabuleiro onde se posicionava o nosso Franco Israel: má abordagem, com responsabilidade partilhada com a defesa; um primeiro lance e único da partida da parte do adversário, foi aproveitado com sucesso (nossa sina).
 
◼︎ Explicar o que aconteceu de seguida, é abreviar um desfecho inimaginável, perante um Boavista que demorava uma eternidade a circular as peças, num anti-jogo digno de fazer perder a paciência de qualquer adepto, como quando se está numa longa fila para comprar bilhetes e estes esgotam-se precisamente quando chega a nossa vez.
 
◼︎ Paulinho, (que jogo!!!) assistiu o Rei Gyokeres, que fez xeque-mate e golo, em mais uma “máscara” de satisfação leonina: foram 3 (o seu 1º hat-trick ao serviço do Sporting), a somar aos 19 que já havia faturado no Campeonato.
 
◼︎ O intervalo chegou, com os estrategas empatados (injustamente) sem que antes, o “Bispo” tenha dado 3 inacreditáveis minutos de compensação em 13 possíveis mínimos e obrigatórios, devido às paragens ocorridas. “Bispo é Bispo” e tal como os Toyotas (passo a publicidade) do antigamente, veio para ficar!
 
◼︎ Falar na 2ª parte, é virar o “tabuleiro de xadrez” , lembrando a Festa dos Tabuleiros em Tomar, uma festa apoteótica e gigantesca na arte de encantar quem assiste (aconselho).
 
◼︎ Jogadas fantásticas: grande Nuno Santos, enorme Daniel Bragança, Morita, o habitual pêndulo, Paulinho e o encanto de “quando mostra os dentes”, eles até caem!!! (votos de que nunca esta mera expressão se materialize). Foi fabuloso.
 
◼︎ E por último, o extraordinário Rei Gyokeres que nos deixou felizes da vida: viva Viktor Gyokeres e viva a equipa, até porque os jogos não se vencem com um só jogador.
 
◼︎ Foi realmente uma 2ªparte insaciável em termos de categoria, de raça, de querer, de compromisso, onde toda a equipa respondeu eficazmente e de acordo com a estratégia delineada por Rúben Amorim, vencendo sem apelo nem agravo, diante dos olhos de um estádio cheio de sportinguistas que, como eu, marcaram presença em Alvalade, gritando, vibrando e cantando:
- “ Eu quero o Sporting campeãaaao, eu quero o Sporting campeãaaaao, olé, olééé, oléééé!!!! “
 
◼︎ O próximo duelo será com o Estrela da Amadora (lá estarei), mas entretanto,  só espero que o nosso Viktor Gyokeres não se lesione no jogo entre a Seleção da Suécia contra a seleção PdP,  leia-se Portugal de Pepe.
Esperemos que corra bem e que o nosso Viking não sofra algum toque “acidental”.
 
Gostei de vos escrever, até à próxima Terça!!!!
Viva o Sporting
SL🦁

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As minhas notas sobre a vitória do SCP em Alvalade frente ao Boavista na 24ª jornada

Avatar do autor PortugaLion, 13.03.23

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 1. Noite tranquila. 
Em poucas noites nesta temporada, se viu uma equipa tão dominadora e uma vitória tão certa. Sinal de crescimento e confiança. São precisos muitos jogos como este.
 
2. O 3-4-3 / 4-4-2 de Rúben Amorim.
Algumas mexidas face ao 11 anterior. Ousmane Diomandé e Youssef Chermiti a repetirem a titularidade, algum sangue fresco e a gestão normal face ao cansaço. Pedro Gonçalves no centro, Nuno Santos subido, aberto a extremo, Marcus Edwards sobretudo para dentro. A repetição do modelo híbrido.
 
3. O 4-3-3 de Petit. 
O Boavista não quis adaptar o seu sistema, apesar da experiência e dos bons resultados que Petit obteve no passado, o seu 4-3-3 não existiu. Mangas e Agra em flancos opostos, Seba Pérez a 6, incapacidade de segurar a bola, jogou pouco mais de 10 minutos e esperou para o final.
 
4. Tão fácil que não se dá valor. 
Muitas coisas têm de correr bem para que uma exibição seja tão desnivelada. Quando é o caso, é fácil acreditar que a “culpa” é do fraco nível do adversário. Mas sem seriedade, intensidade, agressividade, não há táctica ou qualidade técnica que se sobreponham.
 
5. O momento mais importante do jogo. 
Na minha opinião, a 2ª característica mais importante de um jogador é a reacção à perda,  é isso que determina o conforto que o adversário tem quando recupera. Ter a frescura e os jogadores capazes dessa reacção “mata” os adversários.
 
6. Ainda há muito a melhorar.
 O aproveitamento ds desequilíbrios e de ocasiões flagrantes é relativamente baixo, mas onde acho que o Sporting precisa mais de melhorar é na liberdade a conceder aos jogadores para escolher o espaço e combinar. Hoje viu-se isso algumas vezes e sempre com muito perigo.
 
7. Ter a confiança do seu lado.
 O momento positivo que a equipa atravessa, permite aos jogadores jogar mais desinibidos e afecta a confiança com que os rivais defrontam o Sporting. Ao passo que há uns meses, uma ocasião falhada fazia instalar a dúvida nos jogadores, agora há confiança para mais.
 
8. Em suma. 
Um golo monumental, um autogolo improvável, algumas ocasiões falhadas, uma vitória tranquila. Era o que a equipa precisava antes do jogo mais difícil da época, antes do jogo em que a responsabilidade está toda do outro lado. Recuperar, e jogar o jogo das suas vidas... na 5ª  feira, dia 16.

 

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