Conversas Leoninas

Começo por dizer que não gosto do selecionador nacional. Reconheci o seu esforço de tentar falar português, alguns poucos bons momentos de futebol, mas muitas asneiras, invenções e, principalmente,  o fazer da seleção o seu clube e não o do mérito. Convoca quem não joga nos seus clubes e deixa de fora da convocatória ou da equipa quem está em grande forma.

A sua sorte é o extraordinário leque de jogadores que temos, mas conseguiu a proeza de muita gente, como eu, não apoiar a seleção por não a sentir sua. Nesta convocatória, para este duplo confronto, Trincão era o único representante do Sporting, mas justamente convocado visto ser um dos melhores jogadores a atuar em Portugal, o recordista de assistências desta época e sempre nos melhores onzes desde o ano passado. Gonçalo Inácio e Pedro Gonçalves devido a lesão não faziam parte da  equipa nacional. Resolveu o selecionador, para o último jogo, que já não contava para o nosso primeiro lugar, repescar da seleção de sub-21, Geovany Quenda, o que me pareceu bastante acertado face ao recente confronto com Gvardiol, em Alvalade, onde se mostrou ao mundo e deu muito trabalho ao City.  No jogo com a Croácia as exibições menos conseguidas foram as de Nelsón Semedo, João Cancelo, Tiago Djaló e Fábio Silva. Qualquer treinador mediano teria colocado Trincão e Quenda em campo. Menos o selecionador nacional. Uma falta total de capacidade de reconhecer a qualidade dos referidos jogadores, ou outra razão menos clara? Seja qual for a resposta uma coisa é certa, grande falta de respeito pelo Sporting e pelos seus jogadores, depois do que aconteceu no passado recente, acrescente-se uma grande falta de bom senso.

De acordo com o GoalPoint e tendo em atenção os convocados de Portugal com menos de 10 minutos por jogo na "Nations League", Trincão foi convocado para 6 jogos, jogou 32 minutos o que perfaz a bonita média de 5,3 minutos por jogo. Já Pedro Gonçalves foi convocado para dois jogos e jogou um minuto, é fácil fazer a média. Geovany Quenda foi convocado para 2 jogos e teve zero minutos. Lindo!

Portugal esteve abaixo dos mínimos no Europeu com este selecionador, vamos ver como ficaremos neste torneio, visto que os verdadeiros desafios surgirão se chegarmos à final four, mas tenho pena que não sinta a seleção como a de Portugal e apenas do FC Martinez. Lamento, mas não consigo gostar deste selecionador. Pelo que fez até agora receio que seja mais uma geração brilhante a passar ao lado da conquista de uma grande competição.

Uma estranha noite de futebol. Fomos todos "sacudidos" com a eventual saída imediata do nosso treinador. Ainda em choque com a ideia de perder o treinador, e sabe-se lá quem mais, o ambiente neste jogo estava mesmo "estranho". Mas o que se mantinha presente era a vontade de ganhar. Consegui levar 3 Sportinguistas a Alvalade, pela primeira vez. O concretizar de um sonho, espero que possam repetir mais vezes. Uma noite histórica também para eles. Numa primeira parte em que deveríamos ter saído a ganhar e onde nem árbitro, nem VAR descortinaram uma grande penalidade clara que teria mudado o resultado e, quem sabe, dilatar o resultado para outros números. Na segunda parte vieram os golos e fica na retina o segundo de Gyökeres, num livre direto, raro no nosso Sporting e que foi uma verdadeira "bomba".  Matheus Reis, Maxi Araújo, e Geovany Quenda estiveram perto das minhas 5 escolhas, mas ficaram de fora.

Viktor Gyökeres, fez dois golos mas esteve ligado aos três.O melhor em campo, o homem do jogo, começou no banco, mas foi essencial para o resultado final, como se está a tornar normal. O livre direto foi uma obra prima e dá mais um atributo ao nosso goleador.

Morten Hjulmmand, marcou o primeiro golo e foi fundamental nos equilíbrios, defensivos e ofensivos. Um senhor jogador. Um craque que dá gosto ver jogar. Julgo que deveria ser incentivado a rematar mais de fora da área. Que boa contratação que o Sporting fez em Itália.

Francisco Trincão, é hoje em dia uma peça essencial neste Sporting. As suas fintas encantam, se tivesse mais sucesso no remate tornaria o Sporting ainda mais letal. A falta que deu origem ao terceiro golo foi ganha por ele. Mais um bom jogo.

Geny Catamo, a figura do futebol moçambicano da atualidade mora em Alvalade. Continua a crescer, a aterrorizar defesas e a ser um perigo constante para as equipas adversárias. Um sobressalto constante, para quem com ele se cruza, foi melhorando ao longo do jogo e merece estar entre os meus 5 melhores.

Hidemasa Morita, foi crescendo com o jogo e o primeiro golo acontece porque  não desistiu do lance e consegue ir à linha e cruzar atrasado para Hjulmand. Um jogador muito inteligente, com e sem bola. Foi muito importante para o resultado final. Mais um belo jogador este internacional japonês.

Agora vem aí o Estrela da Amadora. Com ou sem Rúben Amorim, logo se verá. Mas o Sporting lá estará, para ganhar. Força Sporting

Mais um jogo rumo ao Bi. Uma deslocação tradicionalmente difícil, mas que o Sporting soube transformar numa boa exibição em que o resultado pecou por escasso. Chegados ao intervalo, o melhor em campo era o guarda-redes do Famalicão que evitou dois ou três golos e manteve o nulo. Uma exibição globalmente positiva do Sporting, faltando apenas o golo para traduzir a superioridade evidente do Sporting, com uma elavada posse de bola, mais de 65% e um domínio total, com Franco Israel a ser um espectador. A propósito de destaque de jogadores devo, nesta primeira parte, realçar a boa exibição de Daniel Bragança. Encheu o campo e mostrou que é um grande jogador, não marcou mas jogou e fez jogar, rematando 10 vezes durante o jogo. Mais um jogador do Sporting a bater à porta da seleção nacional de Martinez! Na segunda parte, continuou o domínio que foi devidamente materializado. Para mim, destacaram-se dois jogadores, Francisco Trincão e Geovany Quenda. Deixo apenas estas estatísticas: Recorde na Liga Portuguesa, 33 remates, 13 deles enquadrados. Infelizmente, a lesão de Nuno Santos veio ensombrar este jogo. Que a recuperação seja a melhor possível. Força Nuno.

Mas vamos às 5 escolhas, algumas delas já acima referidas:

Gonçalo Inácio, continua a subir de forma, depois da lesão que o afastou da seleção e de alguns treinos, marcou o terceiro golo e nunca se deixou condicionar com o amarelo com que foi brindado. Grande exibição do central.

Geovany Quenda foi considerado o homem do jogo, o melhor em campo para muitos. Na primeira parte esteve menos exuberante e mais escondido do jogo, mas na segunda parte mostrou a todos a sua importância crescente neste Sporting. Esteve sempre ligado ao jogo e também aos golos, marcando o segundo numa demonstração de classe e oportunismo.  Os seus 17 anos não lhe retiram a classe que evidencia, tornou-se no mais jovem jogador do Sporting a marcar na primeira liga e é cada vez mais cobiçado pelos tubarões da europa do futebol.

Francisco Trincão também não marcou mas deu um festival durante o jogo, especialmente na segunda parte. Essa demonstração de classe teve efeito nos golos conseguidos pelos colegas. Um exemplo a jogar entre linhas. Espero que os golos voltem que ele merece.

Daniel Bragança, outro jogador que tem vindo a sentar no banco um dos seus colegas do miolo (Morita ou Hjulmand). A sua classe permite-lhe fazer vários papéis dentro do campo, como aconteceu com o Famalicão. Foi ainda o recordista dos remates num jogo (10). Uma sorte para nós, Sportinguistas, este esquerdino continuar a crescer, só Martinez parece não reparar. Força Daniel, continua a fazer-nos felizes.

Viktor Gyökeres, como não podia deixar de ser, voltou a ser decisivo no desbloqueio do resultado, marcando o primeiro golo, com gestos técnicos de grande qualidade. Um jogador essencial na manobra da equipa. Que assim continue, na frente dos marcadores e na frente do campeonato. A malta agradece.

O próximo jogo é já na terça-feira, rebemos o Nacional em Alvalade para a Taça da Liga. Força Sporting.

O regresso às competições, depois da "pausa" para as seleções, levou o Sporting até Portimão, num desafio para a Taça de Portugal. Com algumas alterações no onze inicial, considerando as recentes lesões e o próximo jogo na Áustria para a Liga dos Campeões, a vitória era o nosso desejo. Com um domínio territorial, posse de bola, remates, cantos, a estatística mostrava uma superioridade que não se traduzia no resultado, ao intervalo. A escassez do resultado acabou por permitir que o Portimonense empatasse o jogo, na segunda parte, na sequência de uma bola parada, e criasse a possibilidade de haver um prolongamento que não nos interessava nada. Felizmente, conseguimos que esse domínio quase absoluto se traduzisse na vitória. Escassa, mas suficiente para permitir preparar o próximo desafio. Debast, Bragança, Quenda e Gyökeres poderiam estar nas minhas 5 escolhas, mas desta vez ficaram de fora.

Começo as 5 escolhas pela novidade do onze. O nosso treinador colocou o jovem central brasileiro Bruno Ramos no onze títular, percebendo todos a razão, fez uma boa exibição, na sua estreia e merece o meu destaque. Mais um central saído da "fábrica" de Rúben Amorim, o 19º central da "era" Amorim com apenas 19 anos mostrou-se com qualidade.

Morten Hjulmand, a fazer dupla com Bragança, fez um bom jogo, quase marcou na primeira parte, obrigando o guarda-redes adversário a uma grande defesa. Talvez tivesse apenas que arriscar um bocadinho mais, face ao "autocarro" que tinha pela frente, mas merece o meu destaque.

Francisco Trincão,  mais uma vez escolhido para os 5, em grande forma, espalha magia no campo, só Martinez não vê o óbvio. Sofreu uma grande penalidade, que o árbitro não viu ainda na primeira parte, e como não havia VAR, lá ficou mais um por marcar que poderia ter sido importante no resultado. Não se percebe, com os lucros apresentados, porque razão a FPF não tem VAR nesta fase da Taça de Portugal. A verdade desportiva não pode ficar só nos discursos.

Nuno Santos é um jogador de que eu gosto muito. Esteve bem, trabalhou muito, foi fundamental no resultado obtido, nomeadamente no primeiro golo, com uma assistência para o homem do jogo. Os defesas do Portimonense ainda devem ter pesadelos com Nuno.

Conrad Harder foi o melhor em campo.  Com 19 anos jogou bem e mostrou que o faz sem a companhia de Gyökeres, ou mais descaído para o flanco, com o sueco em campo. Marcou os dois golos, o primeiro uma verdadeira bomba de pé esquerdo, mostrando que a potência do remate é um dos seus atributos. O segundo golo, assistido por Gyökeres que recebeu a bola de Bragança, é uma demonstração que não tem só força, também possui técnica apurada fazendo passar a bola por cima do guarda-redes, a fechar a segunda parte e a fixar o resultado, bisando pela primeira vez ao serviço do Sporting. 

 Agora temos mais desafios pela frente. Que as vitórias nos continuem a sorrir. Força Sporting.

Grande ambiente e bom jogo no Estádio do Algarve. O Sporting entrou bem, com os setores bem ligados e os jogadores a mostrarem ao seu treinador que estão lá para ganhar. Enorme pressão ao portador da bola adversário e uma enorme concentração competitiva, com elevada capacidade de reação à perda de bola. A acrescentar a todas estas características, o futebol do Sporting cria muitas oportunidades de golo, neste jogo marcamos 5, mas poderiamos ter "faturado" muito mais e o resultado ser uma goleada das antigas. O guarda-redes Ricardo Velho evitou pelo menos 3 golos e alguns defesas bloquearam remates dos nossos jogadores que poderiam ser letais. Vamos às 5 escolhas:

Viktor Gyökeres, marcou 3 golos, teve possibilidade de marcar mais, mas apesar das palavras não chegarem para caracterizar convenientemente a importância deste jogador na equipa do Sporting podemos sempre dizer que é um portento de poderio físico e com uma técnica muito boa, talvez melhorável no remate de cabeça. Foi o melhor em campo, o herói do jogo e é um jogador fundamental na equipa, percebendo-se a importância de o manter no plantel e de trazer concorrência que neste momento não existe.

Francisco Trincão, que jogador extraordinário. Não marcou nenhum golo mas foi um dos melhores da nossa equipa. Um jogador tecnicamente evoluído e que demonstra saber muito mais com e sem bola. Trincão parece já um maestro nesta equipa, pelo que joga e faz jogar. Apresenta uma forma física nunca anteriormente vista e está sempre presente em campo, a recuperar, a passar e a rematar, para além de nos deliciar com pormenores técnicos de grande requinte. A continuar assim terá que ser chamado à Seleção de Portugal.

Pedro Gonçalves, um lutador, desiquilibrador, rematador, pensador, eu sei lá mais o que posso dizer. Confesso o meu apreço por Pedro Gonçalves, neste jogo não marcou mas ficou ligado a vários golos e dá umtrabalhão aos adversários. No tridente ofensivo ou a trabalhar no meio campo, esta equipa pode dizer-se que será ele e mais dez. Uma peça fulcral neste Sporting, percebe-se facilmente porque razão não tem ninguém no banco que o substitua, pode ser que venha a caminho.

Daniel Bragança é a minha quarta escolha. Mais um jogador tecnicamente evoluído, um executante de excelência que tem melhorado a sua intensidade no jogo, mesmo que seja muito castigado pelos adversários, mostra-se ao jogo e aparece muitas vezes na grande área para finalizar. Neste jogo não marcou mas voltou a estar ligado aos golos,  no caso aos dois primeiros do Sporting, marcados pelo nosso goleador de serviço, Gyökeres.

A minha quinta escolha vai para Hidemasa Morita. Um verdadeiro jogador de equipa, sempre presente em todo o lado,  a jogar simples, a pautar o ritmo do jogo, muito bem na pressão e na recuperação da bola, com passes certos a garantir uma enorme qualidade ao futebol do Sporting e a dar segurança aos colegas. Deixo de fora os nossos dois alas (Quenda e Catamo) e Edwards que marcou um belo golo, mas Morita não podia ficar de fora das minhas escolhas.

Em resumo, um excelente jogo de preparação para o clássico que aí vem. Vamos encher Alvalade para ganhar, sem qualquer dúvida. Força Sporting.

A tarde de sábado, após a consagração e os festejos, num estádio com lotação esgotada, cenário para mais um jogo do Sporting,  já Campeão, mas com objetivos a atingir. Foi um jogo morno, que valeu pela vitória, com 41 jogos seguidos a marcar, pelos recordes de vitórias e de golos (ainda falta o de número de pontos, fica para a semana com o Chaves). 20 remates, 9 cantos e um golo, o resumo do nosso jogo. Nuno Santos entrou e mudou o jogo fazendo a assistência para o golo de Paulinho (escolhido pela Sport TV como homem do jogo). Estes dois jogadores, entrados ao minuto 57, foram fundamentais para a nossa vitória. Faltam 3 escolhas e elas são: Diomande, intransponível, ajudou a que a estreia do nosso guardião Diogo Pinto (herói do público) corresse bem. Também Coates não permitiu qualquer perigo provocado pelo adversário, fez um jogo bastante competente, pena que os remates na área do Estoril não tenham dado resultado. A minha quinta escolha vai para Francisco Trincão, foi o único a animar o jogo nas duas partes e sempre mostrou vontade de marcar, não conseguiu, mas foi um perigo para o Estoril. Miguel Menino merece que o refira pela sua carreira nas camadas jovens e pelo prémio dado por Rúben Amorim que reforça o grupo de trabalho. Hoje, neste jogo, Esgaio e Pedro Gonçalves não ficam nas minhas 5 escolhas mas foram importantes para a consistência do Sporting, com bola e sem bola. Vem aí o Chaves para a festa em Alvalade. Força Sporting.

Uma tarde com Alvalade com uma baixa assistência, menos de 30 mil espectadores, provavelmente por ser dia de semana e o jogo começar cedo, mas também por uma política de preços desadequada ao número de jogos e ao esforço dos Sportinguistas. Quem paga quotas e tem Gamebox deve ter alguns benefícios e hoje, neste jogo, este aspecto não foi acautelado como poderia ter sido. 

Vamos ao jogo. Começamos bem, apesar da rotação de jogadores, inevitável face ao calendário e ao plantel disponível, Trincão e Paulinho deram superioridade no marcador, com o primeiro a conduzir e a passar muito bem e o segundo a marcar um bom golo. Temos as duas escolhas feitas com Paulinho e Trincão.

Seguimos com Geny Catamo, um jogo difícil mas que deu para ter alguns bons momentos, foi importante atrás e depois das substituições, mais à frente. Pareceu bem fisicamente.

Sebastian Coates, foi o patrão da defesa, apesar do desentedimento com os colegas, o que deu origem ao golo do empate, ainda foi a tempo de rematar uma bola ao poste. Com estes 4 escolhidos estive indeciso entre um jogador que entrou na segunda parte e outro que fez o jogo completo.

Optei por Franco Israel, sofreu um golo, mas teve um punhado de boas intervenções, precisa de melhorar alguns aspetos se quiser agarrar esta oportunidade, mas considerando o desafio que tinha que enfrentar merece este destaque.  Os postes  acabaram, desta vez, por nos beneficiar, mas em Itália temos que jogar mais se quisermos eliminar a Atalanta.

Agora temos um jogo em Arouca, muito importante no rumo para o título. Força Sporting.