O resumo do Sporting-Benfica: golos, casos e outros lances
PortugaLion, 01.03.24
O Sporting sai na frente após a primeira sondagem para a eleição do rival que marcará presença na final da Taça de Portugal.
A ameaça de arraso leonino contrariou os prognósticos mediáticos que favoreciam o Benfica, e chegou a entreabrir a porta da superioridade absoluta.
Todavia, será com maioria relativa que o conjunto de Rúben Amorim terá de abordar o embate da Luz, gerindo uma vantagem curta que irá testar, ao limite, a concentração dos leões.
Isto porque bastou um ligeiro decréscimo de foco para que o Benfica voltasse a causar danos explorando a arma do protagonismo individual, que tem sido o maior argumento da temporada. O repentismo de Di María perturbou, mas entre golos anulados a vantagem mínima foi um desfecho salomónico.
Saber Hjulmand(ar)
Faltava ao Sporting um triunfo sobre os encarnados com Roger Schmidt ao leme, pelo que o puxar imediato de galões foi uma manifestação de confiança. A Hjulmand(ar) no jogo, o golo chegou por Pote logo após um penálti revertido.
Não é razoável a incapacidade demonstrada pelo Benfica durante toda a etapa inicial. A opção de Roger Schmidt pelo ataque móvel não surpreendeu, mas exigia dinâmicas apuradas. O que se viu foi um conjunto amorfo, obrigado a sofrer e exposto às sucessivas vagas ofensivas do Sporting, sem conseguir tomar as rédeas do encontro.
O técnico alemão pretendia ter superioridade no corredor central, mas o Sporting nunca se incomodou em progredir por fora. Os empates técnicos no duelos diretos de António Silva com Gyökeres foram suavizando o pânico, mas lá na frente era Rafa no meio do deserto, abanando a cabeça por se sentir demasiado distante da ação.
Passadeira verde
A intenção de ganhar metros por parte do Benfica não se materializou de imediato na entrada de uma referência ofensiva. Schmidt retirou Bah para lançar Morato e trocou os laterais, passando Aursnes para a direita. Só que o maior envolvimento de Kokçu, João Mário e Di María abriu uma passadeira verde nas costas que Gyökeres finalmente dinamitou com um grande golo. Valeu pela enésima vez às águias o toque de Di magia que inventou o golo de Aursnes.
Os leões acusaram o toque, e ainda mais ficaram em alerta após o tento anulado a Di María que chegou a desesperar Alvalade. O grande golo de Nuno Santos também ficou no tinteiro, confirmando a tendência para a margem mínima em clássicos.
HOMEM DO JOGO
O dono da casa de máquinas registou a prioridade do miolo. HJULMAND inclinou o campo e serviu Pote para abrir o ativo
SINAL MAIS
O Sporting procurou a vertigem e teve em Catamo um fator de revolução. A esquerda do Benfica foi esventrada pelo jovem leão.
SINAL MENOS
O plano de jogo de Roger Schmidt foi um rotundo fracasso e podia ter comprometido. O talento individual voltou a ser providencial.
Via RECORD