Única e exclusivamente o Sporting (parte 2) ..... por João Barreiro!
PortugaLion, 13.10.22
O Sporting também é mais do que Rúben Amorim.
O título de campeão nacional há muito fugia de Alvalade, e com a ajuda de Rúben Amorim finalmente fomos capazes de voltar a conquistar o Campeonato. Considero que houve outros factores extra equipa, como a falta de adeptos, que poderão ter sido benéficos para o clube, o que diz muito da situação delicada em que o Sporting se encontrava depois de Alcochete e de Bruno de Carvalho.
No entanto, acho que é fácil de perceber que Rúben Amorim foi extremamente importante na sua capacidade de motivar o grupo de trabalho e de gerir as expectativas ao longo do caminho, que, felizmente, culminou no título.
No entanto, se é verdade que Palhinha e principalmente Matheus Nunes não saíram por vontade do treinador, também é verdade que:
- 📌 foi por Rúben Amorim que Slimani, apesar de mal ter chegado ter ganho o prémio de avançado do mês da Liga, deixou definitivamente de ser opção para o treinador;
- 📌 foi por Rúben Amorim que Rúben Vinagre, depois do desaire contra o Ajax, deixou de contar para o técnico;
- 📌 foi por Rúben Amorim que, quando precisávamos de um ponta de lança, chegou um extremo. Quando precisávamos de um central, chegou outro extremo. Quando precisávamos de um lateral, chegou (mais) um extremo;
- 📌 foi por Rúben Amorim que Esgaio foi adaptado a central, com péssimos resultados, quando tínhamos, apesar das lesões, outras soluções com centrais de raiz;
- 📌 foi por Rúben Amorim que avançados saíram por venda ou empréstimo, deixando nenhuma alternativa a Paulinho (considerar um extremo de raiz a sua alternativa mostra mais uma vez o desequilíbrio do plantel);
- 📌 foi por Rúben Amorim que Gonçalo Esteves foi emprestado, ficando R. Esgaio como a alternativa a Pedro Porro;
- 📌 tem sido por Rúben Amorim que R. Esgaio continua a ser utilizado, apesar dos sucessivos erros graves e da pouca ou nula contribuição para o sucesso da equipa.
Uns jogadores são vendidos, outros comprados. Treinadores são despedidos, outros contratados. O sucesso no passado deve pesar no crédito que se dá a um jogador, treinador, ou presidente. Mas não ad aeternum e, principalmente, quando se verifica teimosia inexplicável, ou, pelo menos, inexplicada.
Se o Sporting é "esforço, dedicação, devoção e glória", por essa ordem, o esforço requer exigência, e é requisitado por esta; a dedicação é a permanência da exigência; a devoção é o abraçar a exigência; e a glória é o resultado atingido pela prática da exigência.
O caminho do Sporting tem de ser este: complacência com o ser humano, mas exigência com o profissional.
Posto isto,
Força, R. Esgaio, porque um ser humano é mais do que um jogador de futebol;
Força, R. Amorim, porque ser bom treinador não é ser "bonzinho";
Força, F. Varandas, porque estar à frente do Sporting Clube de Portugal nunca será fácil;
E, acima de todos estes e de qualquer um de nós, força Sporting, porque só queremos a tua vitória!